Chega “desiludiu o seu eleitorado”

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António Pedro Santos / Lusa

Nuno Melo

Críticas de Nuno Melo sobre o anúncio de André Ventura: o Chega deixou de participar nas negociações do Orçamento do Estado para 2025.

O ministro da Defesa considerou esta quarta-feira que o Chega está a “desiludir o próprio eleitorado” ao afastar-se das negociações do Orçamento do Estado, afirmando apenas estar “preocupado com quem pode ser parte da solução” para fazer aprovar o documento.

Em declarações à margem de uma visita à Feira da Luz, em Lisboa, o líder do CDS-PP e responsável pela pasta da Defesa Nacional, Nuno Melo, afirmou que está neste momento preocupado com “quem pode ser parte da solução” e não de quem “manifestamente se quer apresentar aos portugueses como sendo um problema”, desvalorizando o afastamento do partido de André Ventura das negociações do Orçamento do Estado para 2025 (OE2025).

“O Chega é um partido que, primeiro, disse que o Governo teria que aceitar a prisão perpétua, ninguém ligou muito ao disparate. Portanto, alterou a fasquia para dizer que só aprovaria o orçamento desde que tivéssemos um referendo às migrações e depois percebeu que também aí não teve muita sorte”, acrescentou.

O líder dos centristas deixou o apelo para que os “partidos possam ser parte da solução” e se “mostrem disponíveis” para negociar de forma a que “Portugal tenha estabilidade política”, concluindo que o Chega está a desiludir o próprio eleitorado ao não procurar essa mesma estabilidade.

Nuno Melo disse ainda que o desejo de que os partidos se apresentem como parte da solução não significa necessariamente uma aproximação ao PS, mas sim que o Governo ouvirá os partidos tendo como base o programa de Governo da Aliança Democrática, “que venceu as eleições”.

“Queremos uma solução que seja boa para Portugal, e essa solução que é boa para Portugal é uma solução que passa por um Orçamento de Estado, porque com essa aprovação muitos portugueses terão a vida muito melhor a partir desse dia”, defendeu.

Questionado sobre se a solução para a estabilidade do país, perante um orçamento chumbado, será a de um país governado a duodécimos, Nuno Melo delegou para o líder do executivo, referindo que essa é uma avaliação que deve ser feita por Luís Montenegro e que, neste momento, não está concentrado em cenários diferentes da aprovação do OE2025.

// Lusa

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