Um novo estudo sugere que a pandemia de covid-19 pode ter afetado a Índia de forma mais grave e diferente do que aconteceu no resto do mundo. A esperança de vida das mulheres e dos mais jovens foi a que sofreu o maior declínio.
A pandemia de covid-19 pode ter afetado a Índia de forma mais grave do anteriormente se estimou.
Um estudo publicado na semana passada, na Science Advances, revelou que as mulheres foram afetadas de forma mais severa do que os homens, na Índia – ao contrário do que aconteceu maior parte do mundo.
Os investigadores analisaram dados de mais de 765.000 pessoas e descobriram que em 2020 houve 17% mias mortes do que em 2019.
Considerando que este é um aumento que representa aquele país, conclui-se que houve quase 1,2 milhão de mortes em excesso em 2020 – oito vezes o número oficial de mortes por covid-19 na Índia e 1,5 vezes as estimativas da Organização Mundial da Saúde (OMS).
Entre 2019 e 2020, a esperança de vida global à nascença diminuiu mais de 2,5 anos na amostra, comparado com um declínio de 1,5 anos nos EUA.
Mas, afina, o que explica estes números?
Índia em contracorrente
O estudo revelou que, naquele período, as mudanças na esperança de vida diferiram por sexo, idade e grupo social.
Curiosamente, a esperança de vida diminuiu cerca de três anos nas mulheres e pouco mais de dois anos nos homens, contrastando com tendências globais que mostram maiores aumentos de mortalidade nos homens.
Os investigadores teorizam que estes números podem ser explicados pela desigualdade de género, agravadas pela pandemia, com os agregados familiares indianos a gastar menos em cuidados de saúde para mulheres.
“Estes padrões únicos na Índia podem provavelmente ser explicados, pelo menos em parte, pela desigualdade de género”, disse à New Scientist o líder da investigação, Sangita Vyas.
Os confinamentos rigorosos também dificultaram o acesso a cuidados maternos, aumentando potencialmente as taxas de mortalidade em mulheres grávidas: “Estes aumentos da mortalidade resultam de efeitos indiretos do confinamento na Índia”, considerou Vyas.
Jovens também sofreram
Além disso, o estudo constatou que a diminuição da esperança de vida se deveu, em grande parte, a mortes nos grupos demográficos mais jovens.
Para se ter uma noção desta realidade: a mortalidade entre mulheres e raparigas com menos de 20 anos contribuiu aproximadamente um ano para o declínio da esperança de vida em 2020.
“Ver como as diferentes populações são afectadas de forma diferente é importante para desenvolver respostas políticas”, refletiu Sangita Vyas.
Mas será que este Luís Pedro não tem mesmo qualquer vestígio de cérebro?! Fica a dúvida para a ciência investigar.
É natural. Como as pobres mulheres indianas são tratadas abaixo de cadelas pelos homens, quando as situações se agravam são as desgraçadas quem mais sofre. Em Portugal também houve um facto curioso. Digamos, um desastre E também relacionado com um indiano…! Eu depois conto!!