Presidente dos EUA disse ainda que a sua vice-presidente (Kamala Harris) se chama Trump. E que manda: Biden ou Blinken?
Joe Biden esteve na noite passada numa conferência de imprensa para mostrar que não vai ceder e que vai ser mesmo candidato à reeleição na Casa Branca.
Mas o presidente dos EUA voltou a mostrar que não está na sua melhor forma: rouco, hesitante, a tossir e mais dois episódios evidentes de confusão no discurso.
Biden anunciou o “Presidente Putin” ao apresentar o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenskyy, no palco da Cimeira da NATO em Washington.
“E agora quero passar a palavra ao Presidente da Ucrânia, que tem tanta coragem como determinação. Senhoras e senhores, Presidente Putin”, anunciou o líder democrata de 81 anos, que se afastou do microfone antes de se aperceber do seu erro.
Depois, voltou e corrigiu as suas palavras: “Ele vai derrotar o Presidente Putin, o Presidente Zelenskyy. Estou tão concentrado em derrotar Putin”.
No palco estavam todos os chefes de Estado e de governo da NATO, incluindo Olaf Scholz da Alemanha e Keir Starmer do Reino Unido, além do presidente do Conselho Europeu Charles Michel, que reagiram com evidente incómodo à ‘gaffe’, uns aplaudindo e outros mantendo-se imóveis e de semblante sério.
Zelensky reagiu com um sorriso à confusão com o nome do Presidente russo, começando por dizer ao tomar a palavra: “eu sou melhor do que ele [Putin]”.
Os adversários republicanos de Biden trabalharam imediatamente para divulgar o vídeo nas redes sociais.
Pouco antes, disse ainda que a sua vice-presidente (Kamala Harris) se chama Trump, quando foi questionado sobre as possibilidades de Kamala derrotar Donald Trump, se fosse ela a candidata.
“Eu não teria escolhido vice-presidente Trump para ser vice-presidente se não achasse que ela não fosse qualificada para ser presidente”, afirmou, repetindo que é o candidato “mais bem preparado” para vencer o anterior presidente em Novembro.
Do lado democrata, muitas pessoas duvidam que o Presidente norte-americano ainda possa salvar a sua candidatura, poucas semanas antes da convenção do seu partido de nomeação para a disputa presidencial, que se realizará de 19 a 22 de agosto em Chicago.
A saúde de Biden foi questionada após o debate que travou com o republicano Donald Trump, no âmbito da disputa presidencial norte-americana no próximo mês de novembro.
Ao longo do debate, Biden pareceu em vários momentos ausente e enganou-se diversas vezes.
Numa das primeiras reações à ‘gaffe’ de Biden, o Presidente francês, Emmanuel Macron comentou à imprensa: “Todos nós cometemos lapsos de língua por vezes”.
Macron afirmou que o seu homólogo norte-americano pareceu-lhe bem e “no comando, preciso nos ‘dossiers’, que conhece bem”.
Anteriormente, o novo primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, rejeitou que o Presidente norte-americano esteja senil e afirmou que, durante as discussões bilaterais à margem da cimeira, parecia “em muito boa forma”.
Starmer declarou em entrevista à BBC que a reunião com Biden decorreu “a bom ritmo”, descrevendo: “Disseram-nos 45 minutos e estivemos [reunidos] durante quase uma hora”.
O líder trabalhista destacou que o líder norte-americano estava atento a “absolutamente todos os detalhes”.
Quem manda?
Mas já começa a ser demasiado evidente de que o presidente dos EUA não está pronto para mais quatro anos na Casa Branca. E as dúvidas não surgem apenas em relação ao seu discurso – e não são só sobre o futuro.
Mesmo a nível de comando de operações, já se questiona se é mesmo Joe Biden que está a liderar o país.
José Teixeira Fernandes até sugeriu na RTP que quem está a comandar a diplomacia dos EUA é Antony Blinken, secretário de Estado, e não o presidente Joe Biden.
As declarações dos dois sobre a guerra e sobre a adesão da Ucrânia à NATO não têm sido exatamente iguais e fica a pergunta: quem está a orientar o rumo internacional dos EUA?
ZAP // Lusa
É evidente que J. Biden tem que ser substituído , a Idade e o desgaste Mental atingiram o limite para ocupar un tal cargo de responsabilidade . Espero que os Eleitores tenham o bom senso de optar por alguém de “Equilibrado” e idóneo , Trump nunca será “a solução” , não passa de un Oportunista e Vigarista !
Biden está muito velho, mas e o Trump? Parece uma criança. Quando o vejo e ouço a falar nos seus comícios, parece-me uma criança a contar histórias a outras crianças, é risível a forma como fala.E também comete as suas gaffes…
Olhamos para a cena politica Americana e somos forçados a pensar: «Hummmm…. nem estamos assim TÃO mal…»
Não sei o que será mais triste: O atual estado de Joe BIden, o facto do Partido Democrata não ter melhor candidato apesar do seu evidente estado ou de Trump, ganhar as próximas eleições.
No deve e haver, prefiro (torço até….) que Trump ganhe.
A Europa precisa de aprender algumas lições difíceis e uma delas (quem sabe a mais vital à sua sobrevivência) é a de que não pode depender de terceiros para a sua defesa ou integridade territorial.
Trump vai certificar-se que a Europa aprende e da maneira mais difícil. Mas ainda bem! Normalmente são as lições aprendidas da pior forma, as que ficam mais presentes na memória.
Já são episódios preocupantes de demência. Uma potência como os estados Unidos não pode ter um líder caduco assim. A concorrer ou vencer as eleições isso só colocaria Putin no pedestral mundia. Que arranjem um líder à altura, quanto antes.