Vítor Bruno é o novo treinador do FC Porto. Segundo o jornal Record, o antigo adjunto de Sérgio Conceição assina um contrato válido por duas temporadas.
Quando André Villas-Boas deixou de ser treinador do FC Porto, em 2011, quem o sucedeu foi o adjunto Vítor Pereira.
Agora, que Villas-Boas regressa ao clube, é outro Vítor que sucede o antigo treinador, Sérgio Conceição.
Vítor Bruno é o novo treinador do FC Porto. A notícia foi avançada, ao final da manhã desta quarta-feira, pelo Record.
O diário desportivo sabe também que o contrato do novo treinador é válido por duas temporadas e será apresentado na sexta-feira.
Depois de 13 anos como treinador adjunto de Sérgio Conceição, Vítor Bruno tem agora a primeira experiência como treinador principal.
O técnico, filho do histórico jogador da Académica de Coimbra, Vítor Manuel, foi ainda adjunto de Augusto Inácio, no Leixões, na Naval 1.º de Maio e no 1.º de Agosto. Também em Angola, no Interclube, Vítor Bruno foi adjunto do pai.
Em 16 anos de experiência, o treinador natural de Coimbra tem no seu currículo três I Ligas, quatro Taças de Portugal, três Supertaças e uma Taça da Liga. Tudo em Portugal, e como adjunto de Sérgio Conceição.
O Record adianta ainda que Nuno Piloto, antigo jogador da Académica, está praticamente certo como um dos adjuntos de Vítor Bruno.
De acordo com o jornal A Bola, esta quarta-feira, Vítor Bruno reúne com a nova direção desportiva do FC Porto, incluindo Andoni Zubizarreta e Jorge Costa, para começar a preparar a nova época.
Conceição revoltado
Esta terça-feira, em comunicado, o FC Porto confirmou a saída de Sérgio Conceição, que tinha renovado contrato, antes das eleições do clube.
O antigo treinador preferiu a “rescisão unilateral do mesmo, ao abrigo da faculdade que lhe foi concedida de acordo com o respetivo clausulado”.
Sérgio Conceição não vai receber qualquer indemnização pela saída, recebendo apenas os valores a que tem direito – vencimentos e prémios referentes ao contrato ainda em vigor.
Como contra-proposta, diz a estação televisiva, o técnico portista aceitaria prescindir da indemnização a troco de o FC Porto ficar impedido de contratar como treinador qualquer dos seus adjuntos — condição que a direção dos azuis e brancos também não aceitou. Era uma espécie de “cláusula anti-Vítor Bruno”.
O acordo terá ficado fechado após a direção de André Villas-Boas ter aceitado prescindir de qualquer cláusula de confidencialidade em relação ao acordo atingido e aos acontecimentos ocorridos nas últimas semanas.
Num comunicado, nas suas redes sociais, Sérgio Conceição lamentou a quebra de confiança num elemento da equipa técnica: a ingerência na integridade e coesão da mesma sem o meu conhecimento, deixam-me desgastado e desiludido. Sempre me regi pela frontalidade e pela lealdade”.
“Em breve virei a público contar a verdade dos factos“, avisou Conceição.
Sérgio Conceição garante que sai devido à “lealdade” que tem com o FC Porto; a mesma lealdade que o “prendeu” ao Dragão.
Já na parte final, reforça que houve uma “quebra de valores e traição de outros”. E sai com “dignidade”, repetindo que nunca foi o dinheiro a segurar o treinador.