A Mossad, os serviços secretos de Israel, tentaram inviabilizar as investigações do Tribunal Penal Internacional (TPI) a alegados crimes de guerra na Palestina ocupada, com medidas como vigilância, pirataria informática, pressões, difamação e alegadas ameaças.
Esta é a conclusão de uma investigação do jornal britânico The Guardian que denuncia uma “guerra secreta” de Israel contra o TPI durante quase uma década.
Os serviços secretos israelitas interceptaram as comunicações de vários responsáveis do TPI, incluindo do Procurador Karim Khan que avançou, recentemente, com o pedido de um mandado de captura internacional contra Benjamin Netanyahu, o primeiro-ministro de Israel, por crimes de guerra.
Esta vigilância inclui telefonemas, mensagens, emails e documentos e manteve-se até aos meses mais recentes, de acordo com o The Guardian.
Deste modo, Netanyahu terá tido “conhecimento antecipado das intenções do Procurador” do TPI.
Chefe da Mossad terá ameaçado fiscal chefe do TPI
O antigo chefe da Mossad terá chegado a ameaçar a ex-fiscal chefe do TPI, Fatou Bensouda, com o intuito de a intimidar para garantir que “cooperaria com os pedidos de Israel”, destaca o The Guardian.
Estas ameaças terão sido feitas durante o ano de 2018, antes do início da investigação formal do TPI em torno dos alegados crimes contra a humanidade cometidos por Israel na Palestina ocupada.
Esta investigação preliminar terminou há alguns dias com o sucessor de Bensouda, Karim Khan, a anunciar o pedido de emissão do mandado de captura
internacional contra Netanyahu, o seu ministro da Defesa, Yoav Gallant, e vários líderes do grupo terrorista Hamas.
A actuação do antigo chefe da Mossad, Yossi Cohen, terá sido autorizada ao mais alto nível porque se considerava que o TPI representava uma ameaça para o exército israelita, destaca ainda o The Guardian.
Cohen actuava como um “mensageiro não oficial” de Netanyahu com o intuito de “minar” o papel do TPI, acrescenta o jornal.
Bensouda terá denunciado a situação a altos cargos do TPI, manifestando-se preocupada com a “crescente persistência e a natureza ameaçadora” do comportamento de Cohen.
“Não vai querer entrar em coisas que possam comprometer a sua segurança ou a segurança da sua família“, terá chegado a dizer Cohen a Bensouda.
Já dizia o ditado: quem não deve, não teme.
Israel deve ser tratado como o estado criminoso que é!
Em Israel é preciso separar as águas, os criminosos é Netanyahu, o ministro da defesa e os soldados que nâo cumprem as leis da guerra e também os colonos que vivem em territórios da Palestina.
En terra dita “Santa” , estes dois Irmãos , perpetuam os Atos Fratricidas desde há Séculos , São tão Santos uns como outros !