Metade das pessoas que, nos últimos cinco anos, foram atropeladas por veículos do metro do Porto iam com auscultadores nos ouvidos. Uma vez que a circulação se faz à superfície em 90% da linha, recomenda-se mais “atenção” aos peões.
Entre 2019 e o final 2023, foram atropeladas 62 pessoas por veículos do metro do Porto.
Este é um fenómeno que – segundo a empresa responsável pela mobilidade metropolitana da cidade Invicta, citada pelo Jornal de Notícias – “merece a maior das preocupações e atenção”.
Desta consideração da Metro do Porto destaca-se a segunda parte: atenção. Tanto da parte da empresa, mas principalmente – e noutra variante da palavra – por parte do peões.
O metro do Porto tem a peculiaridade de ter a maior parte (cerca de 90%) da sua circulação à superfície, o que, em diversas ocasiões, obriga automóveis e peões a atravessarem a linha, no seu dia a dia.
Segundo apurou o JN, cerca de metade das pessoas que foram atropeladas nas ferrovias do Metro no Porto iam com auscultadores nos ouvidos.
A Metro do Porto reporta o desrespeito pela sinalização e avisos sonoros e o atravessamento indevido do canal como duas das as principais causas dos acidentes com peões.
Quanto aos acidentes com carros, registaram-se 69, no período supracitado, e, segundo a empresa, foram todos responsabilidade dos automobilistas.
“Em nenhum dos acidentes com automóveis verificados até à data houve responsabilidade ou culpa do maquinista ou do serviço da Metro do Porto”, disse a empresa ao matutino, apontando a “invasão do canal ferroviário, desrespeito pela sinalização ou pela semaforização” como as principais causas.
O metro do Porto tem sem linhas que abrangem sete concelhos do distrito: Porto, Gaia, Matosinhos, Gondomar, Maia, Vila do Conde e Póvoa de Varzim.
Como detalha o JN, são feitos todos os dias (úteis) mais de 10 mil viagens, num total de 27 mil quilómetros percorridos.