A proposta dos sindicatos das forças de segurança pode chegar aos 351 milhões de euros por ano, mas o défice pode complicar as negociações com o novo Governo.
No dia em que a ministra da Administração Interna, Margarida Blasco, se vai encontrar com representantes sindicais da GNR e da PSP, o Público revela detalhes das propostas dos polícias para a aprovação de um novo suplemento de risco.
Antes mesmo do encontro inicial em 22 de abril, as chefias da PSP e da GNR apresentaram ao Ministério da Administração Interna (MAI) propostas que delineiam dois cenários possíveis para o suplemento.
A maioria das estruturas sindicais apoia o modelo que replica o aplicado à Polícia Judiciária, onde o suplemento varia entre 5% e 30% da remuneração-base do diretor nacional da PJ, dependendo da categoria profissional. Este modelo teria um impacto orçamental de cerca de 351 milhões de euros, não incluindo receitas fiscais geradas por este aumento.
O segundo cenário sugere um incremento remuneratório semelhante ao concedido à PJ, mais uma valorização progressiva durante a legislatura. Nesta fase, cada profissional, independentemente da sua categoria, receberia um aumento fixo de 634,43 euros, num custo total estimado em 209 milhões de euros por ano para o Estado.
As negociações ocorrem num contexto desafiador, marcado pela recente alteração das projeções orçamentais do Estado de um excedente de 1177 milhões de euros para um défice de 260 milhões de euros, reflexo de políticas de última hora do governo anterior. Esta reviravolta orçamental é um ponto crítico nas negociações e pode complicar as decisões sobre aumentos substanciais na despesa pública.
Apesar disto, os sindicatos mantêm-se firmes na exigência de uma proposta justa e alertam para a possibilidade possibilidade de novos protestos se as expectativas não forem atendidas. Há até já movimentos inorgânicos nas redes sociais a ameaçar boicotes a eventos como o Rally de Portugal caso as propostas não satisfaçam as exigências dos polícias.
E o risco, de que lado está?
Por vezes está do outro lado… e a esses, o governo de direita já está a “tratar” do assunto.
Paga Contribuinte…. Já que eles não produzem riqueza para justificar o aumento.