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Crise na Santa Casa: instituição tem quase 500 chefes

Número de dirigentes até desceu, olhando para uma contabilidade anterior. Mas os cargos de chefia pressionam a despesa.

A crise financeira da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, a “situação dificílima” como descreveu o primeiro-ministro, está muito ligada aos cargos de chefia.

A ainda provedora Ana Jorge, que está de saída, já tinha identificado o número de chefes como um dos factores de pressão sobre a despesa corrente.

Entre os prejuízos recorde, já se tinha verificado que os 290 dirigentes em 2016 passaram a ser 348 em 2021.

Agora, no plano de actividades para este ano, esse número até baixou: 279 dirigentes em 2024.

Mas no geral, sublinha o Correio da Manhã, há 488 cargos de chefia na Santa Casa: 279 cargos de dirigente; 107 cargos de director de estabelecimento; e 102 cargos de chefia directa.

Aqui estão incluídas as comissões de serviço, que envolvem cargos de direcção, coordenação e secretariado.

O número global é quase igual ao do ano passado: 490 cargos de chefia em 2023. Mas no ano passado tinha havido um corte de 40 cargos em relação a 2022.

Há uma despesa considerável em alguns chefes: um diretor de primeira linha recebe 6.083 euros brutos por mês; e mesmo o salário mensal de um director de quinta linha é de 3.871 euros brutos.

O mesmo plano de actividades para 2024 avisa que pode ser preciso um reforço financeiro de 40 milhões de euros.

ZAP //

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