O PCP assinala hoje 103 anos de existência. O mais antigo partido português é um fantasma do que já foi, mas o secretário-geral dos comunistas acredita que vai ser “a grande surpresa da noite eleitoral” no próximo domingo.
“São 103 anos de história, uma história que se confunde com a história do país e dos trabalhadores”, destaca Paulo Raimundo, o líder do PCP no dia em que o partido assinala o aniversário.
“Enfrentámos todas as incógnitas ao longo dos anos e ultrapassamo-las por uma razão: ligados aos trabalhadores. E essa ligação aos trabalhadores vai também resolver as incógnitas e vamos ser a grande surpresa da noite eleitoral“, vinca também o secretário-geral dos comunistas.
Numa visita aos estaleiros da Lisnave, em Setúbal, Raimundo salienta “o dia muito especial” que vai ser passado “em mais de 100 empresas, em todo o lado, a contactar os trabalhadores”.
O secretário-geral do PCP também manifesta a confiança de que os trabalhadores serão essenciais para que o seu partido consiga travar a “bipolarização” dos votos entre PS e PSD nas eleições legislativas do próximo domingo, 10 de Março.
“O voto dos trabalhadores não pode ser igual ao dos donos da EDP, Galp, CTT ou Lisnave”, alerta Raimundo, salientando que acredita que “os trabalhadores vão dar força ao seu partido, que é a CDU [que junta PCP e PEV nestas eleições]”.
“Se é para querermos mais salários, menos precariedade, mais estabilidade de vida e melhores condições de vida, esse voto só pode ser na CDU”, destaca ainda o líder do PCP, frisando que “é isso que vai estar em jogo” nestas eleições.
103 anos depois, para onde vai o PCP?
O PCP foi um partido essencial na luta contra a ditadura de Salazar e na consolidação da democracia depois da Revolução do 25 de Abril de 1974. Mas, atualmente, é um velho fantasma do que foi e tem vindo a perder votos e representação parlamentar.
O partido conta com apenas seis deputados na Assembleia da República e as sondagens para estas eleições não são animadoras.
Um dos últimos inquéritos às intenções de voto dos portugueses coloca a CDU com apenas 2% dos votos.
Em 2022, nas anteriores legislativas, conseguiu 4,41% dos votos.
ZAP // Lusa
Penso que tem escapado a muita gente da C. S. , o elevado número de jovens que está a aderir ao PCP.
É mesmo bem provável que haja uma surpresa nos resultados eleitorais.
Quantos mais, melhor. É a esquerda quen sai a ganhar.
Em frente, que atrás vem gente!
Eram um partido conservador em várias matérias, nomeadamente imigração desregulada, ideologias woke e prudentes nas medidas “climáticas”. Porém, por pressão externa talvez, mudaram para uma postura abstencionista ou mesmo a favor dessas ideias, o que torna um partido semelhante ao BE, por exemplo.
E desta forma, a única esquerda que se distinguia das outras tornou-se mais do mesmo, perdeu uma parte da sua identidade, ao mesmo tempo que carrega o fardo de defender regimes como Cuba, Venezuela, China…
A Lisnave foi destruída pelos comunistas. Não só essa mas todas as grandes empresas. É assim que eles têm ajudado os trabalhadores. Um partido que sempre foi contra a propriedade privada, é o que é tem mais imóveis. Como os adquiriram? Certamente por usucapião. Perto de onde eu moro ocupam uma mordia há 50 anos. No próximo domingo não me surpreenderia que fossem escorraçados da A.R. Um partido antiquado e que só ainda está onde está por ser num país atrasado onde muitos andam com os olhos tapados.