Trégua em Gaza: o acordo proposto pelo Hamas

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Haitham Imad/Lusa

Operações de busca decorrem em Khan Younis após ataques aéreos israelitas

Processo de três fases prolonga-se por mais de quatro meses. Netanyahu vai avaliar, Biden acha que é uma proposta “um pouco exagerada”.

O grupo islamita Hamas propôs um acordo de trégua em três fases, que incluiria a libertação dos reféns raptados em 7 de outubro e a retirada total das tropas israelitas da Faixa de Gaza, noticiou hoje a imprensa internacional.

De acordo com a agência de notícias EFE, as três fases teriam uma duração de 45 dias cada.

Na primeira, os reféns “mulheres e crianças [menores de 19 anos, não militares)], idosos e doentes, seriam libertados em troca de um número específico de prisioneiros palestinianos”, segundo o plano do Hamas, que foi entregue na noite de terça-feira aos mediadores do Qatar e do Egito e divulgado esta madrugada a rede social Telegram.

O gabinete do primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, confirmou na terça-feira que recebeu a contraproposta do Hamas ao seu plano de trégua transmitido pelo Qatar, principal mediador do conflito, e está a avaliá-la, enquanto o Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, afirmou que a contraproposta do grupo palestiniano é “um pouco exagerada”, sem dar detalhes do seu conteúdo.

Na primeira fase das três propostas, o Hamas também exigiu a retirada das forças aéreas israelitas das zonas povoadas da Faixa de Gaza, a entrada de mais ajuda humanitária e o início da reconstrução de hospitais e casas, juntamente com a criação de acampamentos temporários.

Por sua vez, segundo o texto, seriam estabelecidas “conversações indiretas” com Israel para acabar com a guerra e “regressar à paz completa”, uma exigência que até agora Israel sempre negou.

Numa segunda fase, todos os homens raptados seriam libertados em troca de um número ainda a ser determinado de prisioneiros palestinianos, bem como haveria a retirada completa do exército israelita do enclave palestiniano.

Na terceira fase, segundo o relatório, os corpos sem vida dos reféns, pelo menos 27, e de outros prisioneiros já mortos seriam trocados entre as partes.

Na noite de terça-feira, os islamitas do Hamas já tinham anunciado que tinham respondido ao projeto de acordo “com espírito positivo”, mas os detalhes dos parâmetros em negociação não tinham sido ainda revelados.

// Lusa

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2 Comments

  1. Não se deve negociar com terroristas, essa deve ser a regra n.º 1 de todas as democracias, pois enquanto a serpente tiver a cabeça vai sempre atacar de novo . Haverá vidas que se vão perder mas na guerra é mesmo assim. Israel trocu hà anos um refém por 6.000 palestinianos presos entre eles o agora lider do Hamas. Se não têm trocado, se na altura têm mostrado a força que mostram agora certamente o que se passou em 7 de Outrubro não teria acontecido e mais de 1500 israelitas estariam vivos agora. Há que levar a extinção do Hamas até ao fim. Só assim os reféns estarão mais perto de serem libertados e o Hams ou outros pensarão duas vezes antes de novas acções semelhantes.

  2. O bandido rouba sua casa e a destrói, quando a polícia está a o perseguir, sugere paz, não detenção e devolve parte do que roubou, grande negócio para o bandido. pode voltar e roubar de novo e fugir mais rápido da próxima vez.

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