António Costa defendeu, esta quarta-feira, que “é com otimistas irritantes que o país foi sempre para a frente”, num discurso em que também considerou que “a política não pode ser um exercício de números mediáticos”.
Recuando à fundação do Partido Socialista, há 50 anos, na Alemanha, lembrando os “mais jovens e mais velhos” que o fizeram, numa altura em que Portugal vivia numa ditadura, António Costa evocou os “otimistas irritantes” que fizeram a mudança.
O primeiro-ministro falava na segunda edição da Academia Socialista, que arrancou esta quarta-feira e decorre até domingo, em Évora.
O líder dos socialistas lembrou ainda “a ousadia” de um país “que, quando muitos ainda não tinham a certeza se a democracia ia sobreviver, e tinha a economia num estado inimaginável”, entregou a Bruxelas a carta a pedir a adesão à União Europeia (UE) – que viria a acontecer em 1985, com Mário Soares como chefe do executivo.
“E ainda bem que arriscaram, ainda bem que deram esse passo em frente, ainda bem que não foram velhos do Restelo, ainda bem que foram otimistas irritantes. Porque é com otimistas irritantes que o país foi sempre para a frente”, defendeu.
Uma estranha retribuição
No passado, o futuro de Portugal foi construído lá fora, por jovens… no presente, Portugal arrisca-se que o futuro dos jovens seja construído lá fora – uma estranha retribuição.
Esta quarta-feira, o primeiro-ministro apresentou um plano para agradar e fixar os jovens portugueses em Portugal.
Entre muitas outras medidas, António Costa anunciou que, por cada ano de trabalho em Portugal, o Governo vai devolver aos estudantes as propinas pagas no ensino público – o que “não é uma resposta para a atualidade”.
O presidente da Associação Académica da Universidade de Évora, Henrique Gil, já veio dizer que a devolução das propinas pagas no ensino público “é vista com bons olhos, mas não é uma resposta para a atualidade, porque quem procura trabalho e principalmente um futuro fora de Portugal, não o faz por apenas 700 euros”.
O primeiro-ministro anunciou ainda alterações no IRS Jovem e um passe que dará a possibilidade a quem terminar o ensino regular de “conhecer a diversidade e beleza do país”.
“A política não são números mediáticos”
No início de um longo discurso, António Costa tinha começado por realçar os tempos de “grande incerteza” da atualidade, face à guerra e à crise inflacionista, sustentando que “quando há tempos de incerteza, o bem mais precioso é a certeza”, que resulta “da estabilidade e da previsibilidade das políticas”.
“E as pessoas sentirem que a vida política não é algo de artificial, mas que é algo de concreto, que tem a ver com a sua vida e com a construção do futuro do país”, acrescentou.
Para o secretário-geral do PS, “a política não pode ser um exercício de números mediáticos, mas tem que ser o que as pessoas de bom senso e com toda a razoabilidade sabem que a política é”.
Uns “falam, falam”; outros “fazem, fazem”
Num outro momento do seu discurso, o primeiro-ministro socialista disse também que “ninguém liga ao défice até ao dia em que o défice surge”.
“Finanças públicas controladas é o que nos dá liberdade de fazer escolhas políticas”, realçou.
Nas intervenções que antecederam a de António Costa neste primeiro dia da Academia Socialista, o secretário-geral da Juventude Socialista, Miguel Costa Matos, disse que não existem “varinhas mágicas” para resolver os problemas do país mas salientou o compromisso dos socialistas, argumentando que “alguns falam, falam, falam” e os socialistas “fazem, fazem, fazem”.
A presidente das Mulheres Socialistas, Elza Pais, deixou um apelo ao líder parlamentar que estava na plateia, Eurico Brilhante Dias: “Está a revisão constitucional em cima da mesa, e as mulheres socialistas sublinharam o compromisso do PS para termos paridade na composição do Tribunal Constitucional”.
Em julho, o PS chumbou projetos do BE e PAN para reforçar a paridade no Tribunal Constitucional, por violação da Constituição, mas admitiu consagrar esse princípio após o processo de revisão da lei fundamental.
ZAP // Lusa
Portugal avante? Tipo PCP?? Costa acorda pá!! Penses que somos todos tolos é ? Ganha vergonha nessa cara e desaparece….
Vivia melhor na época do Escudo que na Época do Euro, ganhava mais e tudo era mais barato, o Euro só é bom para as Grandes empresas que triplicaram os Lucros assim como os Bancos, quem era Pobre ficou ainda mais pobre, e hoje quando dizem que as pessoas vivem melhor eu digo não sei onde , podem é ter mais acessibilidade a pedir empréstimos , mas depois também se endividam mais e muitos depois caem na Pobreza .Por exemplo o meu Pai com 35 anos já tinha a casa paga e vivia bem eu com 53 anos ainda me falta 14 anos para pagar a casa.
Não esquecer que os ordenados ficaram iguais e os Produtos duplicaram, por exemplo um café antigamente custava 50,00 escudos hoje custa 0,50€ ( 100,24 escudos) e isto sou eu a falar que sou leigo na Matéria mas ainda faço as contas em escudos quando compro