Nova vida para Santana Lopes? Para já, está “no caminho” para regressar à “casa-mãe”

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Mário Cruz / Lusa

Ex-primeiro ministro, ex-presidente da câmara de Lisboa e da Figueira da Foz, ex presidente do PSD e do Sporting, ex provedor da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, fundador do Aliança: Pedro Santana Lopes

Pedro Santana Lopes está “no caminho” para voltar ao PSD. Mas ainda não sabe se chegará “a bater à porta” do partido de que fala como a “casa-mãe”.

A especulação quanto a um regresso de Santana Lopes ao PSD continua desde que Luís Montenegro assumiu a liderança do partido. De resto, uma das suas primeiras iniciativas enquanto líder foi almoçar com Santana Lopes na Figueira da Foz.

Na Festa do Pontal, o Algarve, Montenegro disse que Santana Lopes está “a caminho” do partido. E o antigo primeiro-ministro assume que está mesmo.

Estou no caminho da ponderação. Pode ser que no final da reta, isso aconteça. Mas ainda estou na reta do processo de decisão”, salienta Santana Lopes em entrevista ao Observador, no programa “Directo ao Assunto”.

“É um processo que mexe muito comigo. Não é uma decisão nada fácil. Mas aquela é a minha casa-mãe, é lá que está o meu coração. Se formalizo e quando formalizo, ainda não sei dizer. Não sei mesmo. É para lá que caminho. Agora se baterei à porta… não sei dizer. Vamos ver se faço o caminho todo“, aponta ainda.

Santana Lopes deixou de ser militante do PSD em 2018 e formou o seu próprio partido político – o Aliança. Mas, no início de 2021, desfiliou-se também do Aliança.

O homem de quem se diz que “tem mais vidas do um gato” pode, agora, voltar à casa de partida, para viver uma nova vida no PSD.

Já foi líder do partido, líder parlamentar e ex-primeiro-ministro de um Governo do PSD. Foi ainda Secretário de Estado e vice-presidente de Durão Barroso no PSD. Também foi presidente das Câmaras de Lisboa e da Figueira da Foz e presidente do Sporting e da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa.

No horizonte, Santana Lopes tem a Presidência da República, um objectivo para o qual faz todo o sentido voltar ao PSD, com vista a ser o candidato do partido a Belém nas eleições de 2026.

O antigo primeiro-ministro já admitiu publicamente que a candidatura a Belém é uma possibilidade.

Em entrevista à RTP3, em Abril de 2023, já avaliava os potenciais adversários. “Não vejo ninguém com maior ou melhor currículo do que eu no espaço do centro-direita [para ser Presidente da República]. Não há um dia que ande na rua e não me falem disso”, dizia então.

ZAP //

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