Ex-expião britânico acredita que Putin pode deixar o poder no próximo ano

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TASS

Christopher Steele, que trabalhou para os serviços de informações britânicos (MI6) na Rússia entre 2006 a 2009, aponta vários cenários para uma possível saída de Putin do poder já em 2024.

Christopher Steele, o ex-espião britânico conhecido pelo seu dossier sobre a interferência russa nas eleições americanas de 2016, acredita que a saída de Vladimir Putin do poder pode acontecer já em em 2024.

Numa entrevista à Sky News, Steele aconselha o Ocidente a preparar-se para a era pós-Putin, delineando vários cenários que podem precipitar a saída do presidente russo.

Steele sugere que os problemas de saúde de Putin, sobre os quais têm circulado rumores que foram confirmados por “fontes muito credíveis”, podem provocar a sua morte inesperada.

Uum assassinato, possivelmente instigado internamente ou externamente, também está em cima da mesa. Este cenário, adverte Steele, poderia desencadear um “banho de sangue fraccional” antes de um sucessor ser nomeado, com o director do FSB, Alexander Bortnikov, possivelmente a assumir o leme.

Fracasso na guerra pode motivar golpe

O fracasso da guerra na Ucrânia também pode levar a que Putin seja derrubado. Apesar da expectativa inicial do Kremlin de uma vitória rápida, a realidade tem sido um impasse dispendioso.

O impacto das sanções na economia russa e o descontentamento da elite poderiam motivar uma destituição forçada a favor de um sucessor anti-guerra. “Um movimento é feito violentamente, se necessário, para matar ou derrubar Putin a favor de outro securocrata ou oligarca do regime — mas alguém que se distanciou da guerra e que está preparado para negociar o seu fim genuinamente com o Ocidente”, considera.

Steele aponta a “estrela em ascensão” Aleksey Dyumin, governador do oblast de Tula, como um potencial sucessor de Putin neste cenário. O oligarca Igor Sechin, conhecido como “Darth Vader”, e o ex-primeiro-ministro russo Viktor Zubkov são outros nomes em cima da mesa.

Outro resultado pode ser um golpe de Estado levado a cabo pelo outro da barricada, ou seja, os nacionalistas dos serviços de segurança que perderam a fé em Putin, mas que querem continuar a lutar na Ucrânia.

O ex-espião acredita que o general Surovikin, comandante das forças aeroespaciais da Rússia, poderia ascender ao poder nesta situação. No entanto, embora possível, Steele classifica este cenário como “muito improvável”.

O ex-espião também especula que Putin possa optar pela reforma voluntária nas próximas eleições, agendadas para março de 2024, podendo apoiar oficialmente um sucessor, como Dmitry Patrushev, filho do secretário do Conselho de Segurança da Rússia, ou Aleksey Dyumin. Como parte da sua saída, Putin poderia negociar imunidade para si e para a sua família, recordando a saída de Boris Yeltsin em 1999.

Neste caso, haveria “pouca ou nenhuma mudança na guerra na Ucrânia, mas pelo menos o Ocidente enfrentaria um líder russo que não provou ser indigno de confiança, um mentiroso e que não está indiciado por crimes de guerra”.

Por fim, Steele aponta a possibilidade de uma revolta popular, seja por uma figura nacionalista ou por apoiantes do líder da oposição preso, Alexei Navalny, que prevê que seria potencialmente sangrenta a curto prazo.

Adriana Peixoto, ZAP //

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3 Comments

  1. Para desgosto de muitos, claro que o Putin tem de arranjar maneira de abandonar o barco e deixar o problema para os russos, senão como vai gozar a fortuna que, como verdadeiro comunista genocida, conseguiu amealhar?…

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