Bruxelas vai ser o palco de uma cimeira que não acontece há oito anos — e o cenário mudou muito desde então.
Nesta semana “só” se fala da cimeira anual da NATO, que se realizou entre terça e quarta-feira em Vilnius, Lituânia.
Mas na próxima semana, em Bruxelas, há outra cimeira que pode mudar (mais) estratégias europeias.
Chama-se UE-CELAC. É um encontro entre chefes de Estado de países da União Europeia (UE) e de países da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (CELAC).
A cimeira não acontece há oito anos — e o cenário mudou muito desde então.
Os países sul-americanos estiveram muito centrados nos seus problemas económicos e sociais. E houve vários, em diversos países, agravados pela COVID-19.
Os países europeus deixaram de fazer tantos investimentos na América do Sul. E, de solidariedade, pouco ou nada mostraram – tendo em conta a escala noutros casos, mesmo noutros continentes fora da Europa.
A própria pandemia afastou os dois lados: a União Europeia, ao contrário de Rússia e China, quase não ajudou na entrega de vacinas.
Houve um distanciamento, na verdade quase momentos de esquecimento entre as duas comunidades.
Para isso contribuíram, por exemplo, as eleições de Jair Bolsonaro, no Brasil, e de Andrés Manuel López Obrador, no México. Dois presidentes (um já saiu, outro continua no cargo) que não merecem aplausos na maioria da UE.
Por isso, a cimeira da próxima semana poderá ser um “choque de realidade” para os europeus: é que a Europa já não é tão bem vista na América Latina, avisa o canal Deutsche Welle.
Mais recentemente, a guerra na Ucrânia acentuou este afastamento: os países da CELAC condenaram, no geral, a invasão da Rússia mas não se mostraram tão alinhados com a UE no momento de votar sobre sanções contra a Rússia ou sobre o envio de armas para a Ucrânia.
Porquê? É uma guerra na Europa. “Não tem nada a ver connosco” – uma reacção que a UE não encaixa.
Mas foi esta guerra que voltou a aumentar o interesse da Europa pela América Latina, por causa de decisões políticas internacionais.
Um interesse europeu que, entre os países da CELAC, é visto como oportunismo. Agora a solidariedade já parece ser importante para os europeus.
E ficam as perguntas: “O que foi feito antes? Como se pode negociar estrategicamente com parceiros sem igualdade?”.
Há outro motivo para a UE se aproximar da CELAC: a economia. Com Rússia e China mais afastadas (sanções aos russos e pouca confiança na China), as oportunidades de negócio são maiores para os europeus. Mas poderão ser feitas exigências europeias que os americanos recusam.
Conclusão: em 2023 fica a sensação de que a Europa precisa mais da América Latina, do que o contrário.
Daí o eventual “choque” para os líderes da União Europeia, que começará a ser analisado nos próximos dias 17 e 18 de Julho, entre segunda e terça-feira, em Bruxelas.
Quero que a UE impluda de vez! E a NATO também!
Mais rápido vai implodir a Rússia e os teus camaradas…
O comentário do Luís é terrorista. Devia ser censurado.
E eu quero que o Luís vá levar no pacote
Concordo plenamente. Não sei de onde ele é e nem me interessa. Mas deveria ser censurado sim. Sou Europeu, vivo no Brasil por enquanto e falar assim é muito mau
O melhor é deporta-lo para a Sibéria
Acho engraçado este tipo de jornalismo de meia historia contada “Por isso, a cimeira da próxima semana poderá ser um “choque de realidade” para os europeus: é que a Europa já não é tão bem vista na América Latina”
Mas de metade de dos paises da América Latina vive sobre algum tipo de ditadura seja ela de direita ou esquerda.
É claro que ditadura não vem democracias com bom olhos.