Ucrânia na NATO: Aliados preparam “posição coletiva”. Costa reuniu com Zelenskyy

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António Costa PM / Twitter

António Costa com Volodymyr Zelenskyy

Os Aliados da NATO estão a ultimar uma “posição coletiva” sobre o futuro da Ucrânia na Aliança Atlântica. Costa reiterou o apoio diplomático a Zelenskyy.

No dia em que o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskyy, exortou a um “convite claro” na próxima cimeira da NATO, António Costa disse que, quanto a isso, já está a ser preparada uma “posição coletiva”.

“Os Aliados estão a trabalhar na preparação da próxima Cimeira de Vílnius e neste momento é prematuro ainda dizer qual vai ser a posição que os Aliados vão assumir”, declarou o primeiro-ministro.

“Não haverá posições individuais, haverá uma posição coletiva e nós participaremos e estamos a participar na formação dessa posição coletiva”, acrescentou, falando à imprensa portuguesa no final da segunda cimeira da Comunidade Política Europeia, na cidade moldava de Bulboaca.

Volodymyr Zelenskyy confessou que espera um “convite claro” à integração na Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), na cimeira da Aliança Atlântica de julho, falando num “ano de decisões”, que inclui também a integração europeia.

No entanto, António Costa defendeu que “a melhor forma de garantir uma paz justa e duradoura, após terminar a ofensiva militar, é em função daquilo que for a negociação dos termos de paz”, salientando que a questão da integração da Ucrânia na NATO “não se coloca para já”.

“Infelizmente, estamos muito longe ainda dessa situação”, adiantou o primeiro-ministro, lamentando ainda os “ataques violentíssimos contra Kiev”, registados hoje.

Costa reunido com Zelenskyy

O primeiro-ministro teve hoje um encontro “muito importante” com o presidente ucraniano, onde confirmou o “apoio militar, político, diplomático e humanitário” de Portugal à Ucrânia.

António Costa recorreu à sua página da rede social Twitter, para mostrar que está “lado a lado com a Ucrânia, na defesa da sua integridade territorial e do direito internacional, e na procura de uma paz justa e duradoura”.

Quando questionado pelos jornalistas sobre esse apoio português à Ucrânia, António Costa referiu que “Portugal tem enviado bastante material militar de diferente natureza”, de acordo com as suas “capacidades e disponibilidades”.

“No que diz respeito à Aliança que está a ser desenvolvida, sobre a capacidade de combate aéreo, a disponibilidade que nós temos e aquilo em que participaremos é nas ações de formação, [enquanto] outros participarão a outros níveis”, elencou.

A posição surge depois de, na semana passada, Portugal se ter manifestado disponível para dar formação a pilotos ucranianos na utilização dos caças F-16, apontando, no entanto, que para já não há disponibilidade para enviar aeronaves.

“Há vários países que têm trabalhado para ver como é que, no conjunto, podem satisfazer” as necessidades da Ucrânia e “aquilo que nos cabe a nós nessa operação é participar nas ações de formação”, adiantou António Costa à imprensa portuguesa.

Horas antes, Volodymyr Zelenskyy disse que, “no verão, em Vílnius, capital da Lituânia, na cimeira da NATO, é necessário um convite claro para a adesão da Ucrânia e são necessárias garantias de segurança no caminho para a integração”.

A sessão pública da cimeira da Comunidade Política Europeia decorreu na cidade de Bulboaca – perto da fronteira ucraniana.

Zelenskyy foi um convidado de honra desse encontro, que juntou 45 países e três líderes de instituições europeias, e apontou ser “necessária uma decisão clara e positiva na adesão à UE”, sublinhando que este é “um ano de decisões”.

A Moldávia acolhe hoje a segunda cimeira da Comunidade Política Europeia, a plataforma de cooperação para a segurança e estabilidade da Europa, com líderes da União Europeia (UE) e de outros países, agora focada na paz e energia.

Tal como a Moldávia, a Ucrânia é candidata à UE desde junho de 2022.

A segunda cimeira da Comunidade Política Europeia junta cerca de 50 dirigentes de todo o continente europeu no Castelo Mimi em Bulboaca – a 35 quilómetros da capital da Moldávia, Chisinau – e perto de 20 quilómetros da fronteira com a Ucrânia.

ZAP // Lusa

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3 Comments

  1. Tanta gente e a Rússia continua a levar a melhor. O desespero é grande porque a frustração é enorme. O tiro no pé é cada vez maior e já são muitas as manifestações populares contra a guerra nos vários países que financiam a guerra na Ucrânia. O Ocidente está cada vez mais isolado e dividido porque mais uma vez meteu o pé na poça.

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