Acelerador de progressões pode chegar a trabalhadores com contrato individual e aos que tenham mudado de carreira.
A secretária de Estado da Administração Pública, Inês Ramires, admitiu hoje estudar a possibilidade de alargar o acelerador de progressões a alguns trabalhadores com contrato individual e também a funcionários que tenham mudado de carreira.
A governante falava aos jornalistas no final das rondas negociais com os sindicatos, no Ministério da Presidência, em Lisboa, para discussão da medida que prevê acelerar as progressões na carreira, a partir de 2024, a trabalhadores com 18 anos de antiguidade e que foram abrangidos pelos dois congelamentos que ocorreram entre 2005 e 2007 e entre 2011 e 2017.
Os sindicatos defenderam que a medida devia ser alargada aos contratos individuais de trabalho da administração pública, tendo Inês Ramires indicado que o Governo vai avaliar as propostas sindicais, nomeadamente quanto aos trabalhadores dos hospitais EPE “onde pode haver um paralelo” com os regimes da função pública.
“O que nos comprometemos é: se os trabalhadores com contrato individual de trabalho preencherem os dois requisitos, que é estarem nos dois períodos de congelamento, terem pelo menos os 18 anos de antiguidade e avaliação de desempenho à imagem do SIADAP [sistema de avaliação de desempenho da administração pública] ou sistemas adaptados, estudaremos o assunto”, afirmou.
Inês Ramires admitiu ainda ponderar sobre o alargamento do acelerador aos trabalhadores que tenham mudado de carreira e que não estão contemplados na proposta inicial do Governo.
Segundo exemplificou, em causa poderão estar situações como a de um técnico superior que passou a inspetor, ou de um assistente técnico que passou a técnico superior, cujo desenvolvimento da carreira possa ter sido afetado pelos congelamentos.
A secretária de Estado referiu ainda que apresentou aos sindicatos a proposta do Governo sobre a revisão das carreiras de informática, propondo a criação de duas carreiras especiais – especialista de sistemas e tecnologias de informação e de técnico de sistemas e tecnologias de informação.
A secretária de Estado esteve reunida com Federação dos Sindicatos da Administração Pública (Fesap), a Frente Comum e o Sindicato dos Quadros Técnicos do Estado (STE).
// Lusa
Se for como o acelerador dos professores não vale a pena… Pouco ou nada acelera e só beneficia meia dúzia de professores.
Em Portugal há uma ideia completamente tola de que, apenas pelo facto de os anos passarem, as pessoas têm de ser promovidas! Essa ideia tem de acabar. Porque motivo é que um professor com 20 anos de carreira tem de ganhar mais do que um com 10?! Desempenha outras funções que antes?! Tem mais horas de trabalho?! Tem mais responsabilidades?!
Quer dizer: o ordenado em fim de carreira deveria ser igual ao de início? Como em Cuba ou na ex URSS? Boa camarada!
E porque motivo deveria ser diferente?! Aguardo resposta. Sou liberal. Quanto menos estado melhor.