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Mais funcionários públicos poderão ter progressão acelerada

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António Pedro Santos / Lusa

Inês Ramires, secretária de Estado da Administração Pública.

Acelerador de progressões pode chegar a trabalhadores com contrato individual e aos que tenham mudado de carreira.

A secretária de Estado da Administração Pública, Inês Ramires, admitiu hoje estudar a possibilidade de alargar o acelerador de progressões a alguns trabalhadores com contrato individual e também a funcionários que tenham mudado de carreira.

A governante falava aos jornalistas no final das rondas negociais com os sindicatos, no Ministério da Presidência, em Lisboa, para discussão da medida que prevê acelerar as progressões na carreira, a partir de 2024, a trabalhadores com 18 anos de antiguidade e que foram abrangidos pelos dois congelamentos que ocorreram entre 2005 e 2007 e entre 2011 e 2017.

Os sindicatos defenderam que a medida devia ser alargada aos contratos individuais de trabalho da administração pública, tendo Inês Ramires indicado que o Governo vai avaliar as propostas sindicais, nomeadamente quanto aos trabalhadores dos hospitais EPE “onde pode haver um paralelo” com os regimes da função pública.

“O que nos comprometemos é: se os trabalhadores com contrato individual de trabalho preencherem os dois requisitos, que é estarem nos dois períodos de congelamento, terem pelo menos os 18 anos de antiguidade e avaliação de desempenho à imagem do SIADAP [sistema de avaliação de desempenho da administração pública] ou sistemas adaptados, estudaremos o assunto”, afirmou.

Inês Ramires admitiu ainda ponderar sobre o alargamento do acelerador aos trabalhadores que tenham mudado de carreira e que não estão contemplados na proposta inicial do Governo.

Segundo exemplificou, em causa poderão estar situações como a de um técnico superior que passou a inspetor, ou de um assistente técnico que passou a técnico superior, cujo desenvolvimento da carreira possa ter sido afetado pelos congelamentos.

A secretária de Estado referiu ainda que apresentou aos sindicatos a proposta do Governo sobre a revisão das carreiras de informática, propondo a criação de duas carreiras especiais – especialista de sistemas e tecnologias de informação e de técnico de sistemas e tecnologias de informação.

A secretária de Estado esteve reunida com Federação dos Sindicatos da Administração Pública (Fesap), a Frente Comum e o Sindicato dos Quadros Técnicos do Estado (STE).

// Lusa

4 Comments

  1. Se for como o acelerador dos professores não vale a pena… Pouco ou nada acelera e só beneficia meia dúzia de professores.

    • Em Portugal há uma ideia completamente tola de que, apenas pelo facto de os anos passarem, as pessoas têm de ser promovidas! Essa ideia tem de acabar. Porque motivo é que um professor com 20 anos de carreira tem de ganhar mais do que um com 10?! Desempenha outras funções que antes?! Tem mais horas de trabalho?! Tem mais responsabilidades?!

      • Quer dizer: o ordenado em fim de carreira deveria ser igual ao de início? Como em Cuba ou na ex URSS? Boa camarada!

      • E porque motivo deveria ser diferente?! Aguardo resposta. Sou liberal. Quanto menos estado melhor.

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