PSD e Chega juntos? “Ninguém pergunta a António Costa: será primeiro-ministro se perder eleições?”

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Paulo Novais / Lusa

Presidente do PSD durante a visita à 39.ª Ficabeira e Feira do Mont’Alto, em Arganil

“Não serei primeiro-ministro se perder as eleições. O PSD até pode formar Governo mas não será comigo”, assegurou Montenegro.

Luís Montenegro foi eleito líder do Partido Social Democrata (PSD) em Maio de 2022. Um ano depois, vê o PSD a aparecer como a alternativa política cada vez mais forte.

“Eu creio que a nossa alternativa política está a ser cada vez mais bem acolhida pela população portuguesa, pelos eleitores, e isso tem-se visto nos estudos de opinião”, afirmou Montenegro, na RTP.

Mas a sua prioridade não são os estudos de opinião: “Eu não estou interessado em ganhar sondagens, eu estou interessado em ganhar eleições”.

“Queremos sempre mais, mas estou confiante, muito confiante, de que este caminho, esta consistência vão produzir o seu resultado quando os eleitores se desobrigarem daquela que foi a sua opção maioritária há um ano atrás”, comentou.

Luís Montenegro voltou a ser questionado sobre uma eventual coligação com o Chega, depois das próximas eleições legislativas.

Repetindo que já foi “muito claro” sobre as suas condições para formar Governo: “Aquilo que é espantoso é que há uma incidência brutal nesse assunto sobre o PSD e sobre mim mas, do lado do Partido Socialista, ninguém pergunta ao doutor António Costa: Olhe, se o senhor for a votos e perder as eleições, quer ser outra vez primeiro-ministro, tendo perdido?”.

“Eu já disse: eu não quero. Eu não serei primeiro-ministro se perder as eleições. O PSD até pode formar Governo mas não será comigo”, reforçou.

Virando o discurso para o actual Governo, o presidente do PSD acha que este Governo é “o principal obstáculo ao normal funcionamento institucional do país”.

Em relação às dúvidas à volta da actuação do Serviço de Informações de Segurança (SIS) no caso Frederico Pinheiro, o PSD vai enviar perguntas directamente a António Costa. “Há um conjunto significativo de dúvidas que têm de ser completamente desfeitas”.

Já sobre o processo Tutti Frutti, que já originou a retirada da confiança política a Joaquim Pinto Moreira, Luís Montenegro lembra que não intervém a nível judicial, mas a nível político quer ter certezas.

“Quanto a isso, eu não quero ter a mínima dúvida. Nós no PSD vamos esperar e aguardar pelas diligências da investigação e as suas conclusões, mas do ponto de vista político eu não convivo bem com a dúvida sobre a autenticidade do processo eleitoral. Queremos ter a certeza absoluta” do que se passou nas eleições autárquicas de 2017, disse Montenegro.

ZAP //

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5 Comments

  1. O Montenegro tem direito a ser primeiro-ministro se tiver o apoio da assembleia da república mesmo que o seu partido fique em quinto isto não é a eleição da miss América. Que dificuldade de aceitar as regras democráticas. Se não gostam mudem a constituição

    • O PR é obrigado a convidar o líder do partido mais votado a constituir governo. Se ele aceita ou não, é com ele.

      • Porque o partido mais votado (neste caso coligação PSD/CDS) não tinha condições para constituir governo. O PR convida sempre primeiro o partido mais votado a constituir governo.

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