De acordo as previsões económicas de Bruxelas, o défice português será este ano de 0,1%, o menor da zona euro — uma redução da dívida que vai muito além do que deverá ser necessário pelas novas regras orçamentais propostas pela Comissão Europeia.
Bruxelas prevê que o défice português diminua para 0,1% este ano, o menor da zona euro, o melhor resultado à exceção dos excedentes previstos para a Irlanda e Chipre, estando mais otimista do que o Governo, foi hoje divulgado.
Nas previsões económicas de primavera, a Comissão Europeia aponta para uma redução do défice português de 0,4% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2022 para 0,1% este ano e 2023.
A projeção coloca Portugal como o país com o menor défice da zona euro e da União Europeia (UE) este ano, um resultado orçamental apenas ultrapassado pelos excedentes projetados para Irlanda (1,7%) e para o Chipre (1,8%) – e pelos 2,3% previstos para a Dinamarca.
Segundo o Negócios, o ministro das Finanças, Fernando Medina, inscreveu no programa de estabilidade uma redução da dívida que vai muito além do que deverá ser necessário pelas novas regras orçamentais propostas pela Comissão Europeia.
O jornal cita Lennard Welslau, investigador do Bruegel, “think tank” focado em temas europeus, que defende que “o ajustamento orçamental deve ser conduzido de forma gradual para garantir que não trava o crescimento”.
Segundo Welslau, Fernando Medina “comprometeu-se junto de Bruxelas a excedentes primários bem mais exigentes do que, muito provavelmente, será necessário para cumprir as regras”.
Bastaria a Portugal obter excedentes primários de 0,1% ou de 0,7% do PIB, para conseguir reduzir a dívida ao nível que poderá ser exigido pela CE. Mas, diz Welslau, no Programa de Estabilidade remetido a Bruxelas em abril, o ministro das Finanças aponta para um excedente primário bem superior, de 2,7%.
Além de Portugal, apenas Dinamarca, Irlanda e Suécia, definiram metas de ajustamento mais altas do que o poderá vir a ser necessário.
Previsões de crescimento revistas em alta
Bruxelas reviu hoje em alta a projeção de crescimento da economia portuguesa deste ano para 2,4%, a terceira maior taxa da zona euro, ajudada pelo turismo, revelando-se mais otimista do que o Governo.
A previsão para este ano coloca Portugal no ‘top três’ dos países da zona euro com a maior taxa de crescimento deste ano, a par da Grécia, apenas ultrapassados pela Irlanda (5,5%) e por Malta (2,4%).
A Comissão Europeia melhorou também a projeção do crescimento económico na zona euro e União Europeia para 2023 e 2024, revendo-o para 1,1% e 1% este ano e para 1,6% e 1,7% no seguinte, respetivamente.
Nas previsões económicas de primavera, hoje divulgadas, o executivo comunitário estima então, para este ano, um crescimento económico na área da moeda única de 1,1% ao passo que, em fevereiro, a estimativa era 0,9%, e um crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 1% na União Europeia (UE), dois pontos percentuais acima do anteriormente projetado, 0,8%.
Para 2024, a estimativa agora divulgada indica que o PIB do euro avançará 1,6% quando anteriormente se esperava 1,5%, e que o crescimento económico da UE seja de 1,7% enquanto nas previsões de fevereiro se estimava 1,6%.
A revisão em ligeira alta é possível porque a economia do euro e da UE “teve um desempenho melhor do que o previsto”, justifica Bruxelas no documento, notando que, apesar de nas previsões de fevereiro se prever uma contração no primeiro trimestre de 2023, neste período chegou mesmo a registar-se “um crescimento positivo”.
ZAP // Lusa
Seria bom que agora pedisse desculpa aos portugueses. Enquanto a generalidade dos portugueses enfrentavam fortes aumentos nas prestações das casas, aumento dos preços de todos os bens e em particular dos produtos alimentares e aumento dos custos energéticos (combustíveis, gás, eletricidade), a promoção de um saque fiscal deste tamanho, deveria só por si, levar à demissão do ministro das finanças. É de uma total irresponsabilidade e de falta de sensibilidade social.
PS: O artigo tem lapsos que deveriam ser corrigidos. Aparentemente confunde / baralha, défice orçamental e dívida pública. São duas coisas completamente distintas. Um superavit orçamental pode contribuir para a redução da dívida pública se esse superavit for utilizado nesse sentido. Inversamente, um défice orçamental (saldo negativo entre receitas e despesas anuais do Estado) pode implicar necessidade de financiamento, contribuindo assim para o aumento da dívida pública.
Já terei elogiado este comentador e, se não o fiz, faço-o agora pelas análises maduras e reveladoras do seu conhecimento.
O Ministro das Finanças já anda a baralhar conceitos desde Presidente da CML e, pelos vistos, pouco ou nada evoluiu. Por isso, as próximas palavras, serão para fazer uma pergunta que considero pertinente: sendo o baixo défice devido à Maior Carga Fiscal aplicada a alguns Contribuintes – 45% – (se TODOS contribuíssem TODOS podiam pagar menos Impostos) ou ao Aumento da Produção, porque melhorar SÓ as Contas Nacionais sem melhorar as Condições de Vida de quem Contribui e Produz? Talvez fosse uma boa altura para apresentar desculpas aos Portugueses Que Contribuem e Produzem e… MELHORAR-LHES O NÍVEL DE VIDA!
Amigo. Concordo plenamente contigo, mas… o 25 de Abril (pelos vistos), permite a estes a “imputabilidade parlamentar e Governamental”… qdo os Deputados desta Respblica, soprarem o balão ou fizerem teste das Drogas… vais tu para o lugar deles!!! Eu, nem nas minhas piores mocas conseguia ser tão mauzinho para com os outros!!! Votei Chega, não vou repetir, vou numa de Nuno Melo!!! A esquerda nem consegue aprovar o consumo de Canábis para o cidadão comum… Mas eles… têm imunidade… enfim!!!
Ai tanta dor de cotovelo por aqui, tenham paciência por mais que vos custe.
Este saiu da toca. Está completamente aparvalhado.
Olhe que este governo não fica lá mais um ano completo. Sabe disso ou tem estado fora?
O marra para aí tem toda a razão. Num ano de tantas dificuldades para o povo, o governo demonstrou uma total insensibilidade.
Mas isto é governar? Não há défice porque não há despesa. É um país sem investimento e, ainda por cima com os cofres cheios, resultante da maior receita de impostos de sempre. A esta paralisia do pais e cofres cheios, este bando governante chama de “contas certas”.