Dominic Raab demitiu-se após a revelação de um relatório sobre as suas intimidações aos funcionários públicos seus subordinados.
O vice-primeiro-ministro britânico, Dominic Raab, anunciou hoje a demissão na sequência de um inquérito que encontrou provas de comportamento intimidatório sobre alguns dos funcionários públicos subordinados.
A renúncia aconteceu um dia depois de o primeiro-ministro, Rishi Sunak, ter recebido o relatório de um inquérito independente realizado ao longo de vários meses por um advogado.
Numa carta de demissão publicada na rede social Twitter, Raab disse sentir-se “obrigado a aceitar o resultado do inquérito”, mas refere que só duas alegações foram confirmadas entre oito apresentadas.
“Acredito também que as suas duas conclusões adversas têm falhas e criam um precedente perigoso para a conduta de um bom governo”, argumentou.
Segundo o político, “ao estabelecer a fasquia para a intimidação [“bullying”] tão baixa, este inquérito criou um precedente perigoso”.
“Vai encorajar queixas desonestas contra ministros, e terá um efeito arrepiante sobre aqueles que conduzem reformas em nome do governo – e, em última análise, do povo britânico”, salientou.
Além de número dois do Governo, Dominic Raab é também ministro da Justiça, mas antes também exerceu como ministro dos Negócios Estrangeiros.
Esta é a segunda demissão no Executivo devido a ‘bullying’ desde que Sunak sucedeu a Liz Truss há seis meses atrás.
O ministro sem pasta Gavin Williamson foi afastado logo em novembro após alegações de intimidação junto de colegas do partido Conservador.