Uma explosão seguida de um incêndio na passada segunda-feira , na localidade de South Fork Dairy, no Texas, Estados Unidos, matou cerca de 18 mil vacas e feriu uma funcionária da herdade em que se encontravam. Uma questão de flatulência.
Em comunicado, o Comissário para a Agricultura do Texas, Sid Miller, adiantou que as causas do incidente ainda são desconhecidas e classificou o episódio como um “acontecimento horrível”.
“Este foi o incêndio mais mortal numa herdade na história do Texas. A limpeza e a investigação do caso devem levar ainda algum tempo”, acrescentou Miller, citado pelo The New York Times.
O xerife do condado de Castro, Sal Rivera, explica que o incidente pode ter tido origem no sobreaquecimento de um sistema para remover estrume que causou a ignição do gás metano presente no local, uma propriedade com mais de 198 mil m2.
Rivera realça no entanto que o caso ainda está sob investigação. “Assim que soubermos as causas e os fatores que levaram a essa tragédia, o público será informado, para que tragédias como esta possam ser evitadas no futuro”.
Um dos principais gases causadores do efeito estufa, o metano é resultado do processo de digestão dos bovinos e é libertado pela flatulência destes animais.
O gado é responsável por 44% de todo o metano causado pelo homem, um gás que tem 36 vezes mais potencial de aquecimento global do que o CO2.
Na sequência da explosão, uma funcionária da propriedade ficou gravemente ferida, depois de ter ficado presa num celeiro em chamas. A funcionária foi resgatada por agentes da polícia e bombeiros, tendo sido assistida num hospital da cidade de Lubbock.
“Há lições a aprender neste caso, e o impacto deste incêndio pode influenciar a saúde financeira da propriedade e da própria indústria“, disse Miller.
O incidente levou o Animal Welfare Institute, uma das mais antigas instituições de combate ao sofrimento animal, a pedir às autoridades do Texas que imponham aos criadores regulamentos federais de proteção dos animais.
“Os criadores de animais devem trabalhar ainda mais para os proteger, adotando medidas de segurança contra incêndios”, escreveu o instituto no Twitter.
ZAP // Deutsche Welle