Os professores voltam, nesta quinta-feira, à greve no norte e centro do país. E o secretário-geral da Fenprof apela aos pais para que “não levem os filhos às escolas” por “solidariedade” com os docentes e porque há o risco de as aulas não se realizarem.
“Penso que os pais percebem as razões da luta dos professores“, nota o secretário-geral da Federação Nacional dos Professores (Fenprof), Mário Nogueira, num dia em que os docentes voltam à greve.
Assim, “por razões de solidariedade”, Mário Nogueira apela aos pais que “não levem os filhos às escolas”. Mas também alerta que como os serviços mínimos decretados pelo Governo “não são iguais em todo o lado, pode acontecer que muitos alunos tenham uma aula e fiquem sem nada no resto do dia”.
A greve está a decorrer, nesta quinta-feira, nos distritos a norte do país, a partir de Coimbra. Na sexta-feira, vai-se realizar dos distritos de Leiria para sul, decorrendo em simultâneo uma greve na Função Pública.
Estão também agendadas manifestações para sábado em Lisboa e no Porto, em ambos os casos para as 15:30 horas.
No Porto, o protesto arrancará da Praça do Marquês e seguirá até aos Aliados. Já em Lisboa, vai iniciar-se no Rossio e tem como destino a Assembleia da República.
Ameaça ao “direito à educação”
Contudo, as escolas têm de assegurar serviços mínimos, decretados na segunda-feira pelo Tribunal Arbitral, que considerou que esta paralisação “não pode ser vista apenas como uma greve de um só dia que apenas causará os habituais e legítimos transtornos que qualquer greve sempre ocasiona”. Trata-se, segundo o Tribunal, de um “somatório de greves que, no seu conjunto, ameaçam já pôr em causa o direito à educação“.
Assim, os professores têm de garantir três horas de aulas no pré-escolar e 1.º ciclo, bem como três tempos lectivos diários por turma no 2.º e 3.º ciclos e ensino secundário, de forma a garantir, semanalmente, a cobertura das diferentes disciplinas.
Além das aulas, devem estar também assegurados os apoios aos alunos que beneficiam de medidas adicionais no âmbito da educação inclusiva, apoios terapêuticos, apoios aos alunos em situações vulneráveis, o acolhimento dos alunos nas unidades integradas nos Centros de Apoio à Aprendizagem e a continuidade das medidas direccionadas para o bem-estar socio-emocional.
Sindicatos tentam suspender serviços mínimos
As nove organizações sindicais que convocaram a greve já anunciaram que vão entregar, em tribunal, uma acção contra os serviços mínimos.
Algumas delas vão também apresentar intimações com o objectivo de poder suspender estes serviços mínimos, enquanto outras irão entregar providências cautelares.
Os professores estão em greve desde Dezembro, protestando contra a proposta do Governo para os concursos e colocação de professores.
Mário Nogueira nota que “os motivos para continuar com a greve são mais do que muitos”, citando como principais pontos do protesto “o tempo de serviço, as vagas, os problemas de precariedade e este tratado para desterrar os professores que é o regime de concursos que aí vem”.
“Há uma perseguição do Governo aos professores”, lamenta o líder da Fenprof, alertando que “os professores querem continuar a lutar e vão continuar a lutar”.
ZAP // Lusa
Não levem os filhos a Escola , se perderem os vossos Empregos , não é grave ! …..Nós temos os nossos garantidos !
Não levem os filhos a escola, e quem paga aos pais o dia de trabalho faltado? E os pais que trabalham por conta propria, quem ficará com os filhos? Quem pagará ás amas ou babysitters para ficarem com os filhos para que os professores possam defender as suas ideologias? Não levem os filhos á escola, e depois o resto? Como fica o orçamento da familia se um pai ou mãe perder o emprego por falta injustificada? E se os professores decidirem que irão fazer greve até Junho? Não se leva as crianças á escola? Quem paga? Quem cuida delas? Nem parece que estamos a lidar com professores mas sim com um bando de crianças que teimam em bater o pé e fazer birra se não fizerem o que elas querem!! Só conta os direitos dos professores nesta luta. Os pais também têm direito a trabalhar e os filhos têm direito á educação. Seremos racionais.
«…Há muita gente que não tem qualidades nem capacidades de ensino, não devia estar a ensinar, não por razões morais mas por razões técnicas, profissionais, porque não sabem para elas quanto mais para os outros…» – Joaquim Letria
Tu deves ter sido vítima disso…
Nem mais! Não se invista no futuro da nação!
Invistam na banca, na TAP, e continuem a favorecer quem convier que o futuro deles engorda e o dos portugueses desaparece.