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IA cria episódio infinito da série “Seinfeld”. Está a ser transmitido desde dezembro

(cv) Watchmeforever / Twitch

Larry, de “Nothing, Forever”, é Jerry, de Seinfeld.

Através de OpenAI, Stable Diffusion e DALL-E, entre outros, criou-se um episódio infinito de “Seinfeld”. Está a ser transmitido há mais de um mês.

“Nothing, Forever é um programa sobre nada, que acontece para sempre. Quase como as sitcoms populares do passado, exceto que nunca para”. É assim que a Mismatch Media, um laboratório de media focado em formas experimentais de programas de televisão, videojogos e muito mais, descreve a sua mais recente experiência.

“Nothing, Forever” é um programa de transmissão ao vivo quase inteiramente gerado por algoritmos. Está a ser transmitido ininterruptamente na Twitch desde 14 de dezembro.

Quatro personagens altamente pixelizadas falam sobre o novo cinema que abriu no bairro e sobre problemas amorosos. As interações são bizarras e parecem, por vezes, não fazer qualquer sentido.

As personagens, que representam Elaine, Jerry, George e Kramer, da famosa sitcom “Seinfeld”, saltam de tema em tema sem grande cadência — e não parecem preocupadas com isso. Nem elas nem os milhares de utilizadores que assistem à transmissão em direto e vão comentando aquilo que se vai passando.

Para criar “Nothing, Forever”, a Mismatch Media recorre ao OpenAI, Stable Diffusion, DALL-E e outras tecnologias de machine learning. O resultado ainda está enferrujado, para ser simpático, mas mostra o potencial destas ferramentas.


 

Skyler Hartle, cocriadora do programa, disse à VICE que a série foi criada como uma paródia de “Seinfeld”.

“Além da arte e da laugh track que ouvirá, tudo o resto é gerado por Inteligência Artificial, incluindo: diálogo, fala, direção (cortes de câmara, foco da personagem, duração do plano, duração da cena, etc.), movimento da personagem e música”, escreveu um dos criadores no Reddit.

Embora os risos falso do público sejam colocados engenhosamente após a fala da personagem, nem sempre a comédia está à altura da gargalhada. Aliás, muitas das vezes nem é propriamente algo cómico.

À medida que a tecnologia melhora, “temos a noção de que, a qualquer momento, poderá ligar o futuro equivalente à Netflix e assistir a um programa perpetuamente, sem parar, o quanto quiser”, antecipa Hartle.

“Não terá apenas sete temporadas de um programa, você terá setecentas ou infinitas temporadas de um programa que tem conteúdo novo sempre que você quiser”, acrescentou.

Daniel Costa, ZAP //

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