Recordista de Grand Slams, ao lado de Nadal, aproveitou o contexto de Sérvia e Grécia para deixar uma mensagem depois do jogo.
Novak Djokovic é mesmo o “rei” do Open da Austrália: neste domingo conquistou o torneio pela 10.ª vez na sua carreira.
Na final do primeiro Grand Slam do ano, Djokovic derrotou em três parciais o grego Stefanos Tsitsipas por 6-3, 7-6(4) e 7-6(5). Foram quase três horas de duelo, com o encontro sempre a tender para o sérvio.
Com esta conquista, Novak chega aos 22 títulos Grand Slam. Iguala o recorde de Rafael Nadal – o próximo Roland Garros promete.
É um desfecho bem diferente do que tinha ocorrido há um ano, quando o novo número 1 da tabela ATP nem sequer jogou. Foi deportado da Austrália por não estar vacinado contra a COVID-19.
Curiosamente, na altura o Tribunal Federação proibiu o tenista de voltar à Austrália até 2025. A decisão foi entretanto anulada.
O derrotado Stefanos Tsitsipas não tinha palavras para elogiar o adversário: “Não sei o que dizer. O que já conseguiste diz tudo. Está tudo nos números. Parabéns também pela família que tanto te suporta”.
“Acho que a forma como crescemos no ténis é muito semelhante. Admiro o que já fizeste pela modalidade. Fazes de mim um melhor jogador”.
E, logo a seguir, foi mais longe: “Novak é o melhor tenista de sempre”.
No discurso de vitória, o líder do ténis mundial aproveitou o contexto de os dois finalistas serem de Sérvia e Grécia, países “relativamente pequenos que não têm tradição no ténis”, para deixar uma mensagem aos jovens.
“Não temos tido exemplos de jogadores (sérvios ou gregos) que chegaram a este nível. Para os jovens que estão a ver isto e que sonham chegar aqui: sonhem em grande, atrevam-se a sonhar porque tudo é possível. Não deixem que ninguém vos tire o sonho”.
“Não importa de onde vens. Aliás, quantas mais desvantagens, desafios e dificuldades tens, mais forte te tornas. Stefanos e eu somos a prova disso”, completou.