O grupo de tráfico de droga de Xuxas terá escondido várias malas com dinheiro, contendo cerca de 6 milhões de euros, “algures em Portugal”. A polícia e os rivais do traficante de droga que está detido procuram-nas.
Rúben Xuxas Oliveira está detido, em prisão preventiva, desde Junho de 2022 na cadeia de alta segurança de Monsanto, em Lisboa, no âmbito da investigação judicial ao maior cartel de droga português que foi desmantelado pela Polícia Judiciária (PJ).
Este cartel tinha associações a traficantes de droga do Brasil, nomeadamente ao “Escobar brasileiro”, Sérgio de Carvalho, que passou dois anos escondido em Portugal, e que foi detido no ano passado na Hungria.
Ora, a organização criminosa liderada por Xuxas terá escondido várias malas com dinheiro “algures em Portugal”, conforme apuraram as autoridades, segundo conta o Expresso.
Esta informação terá sido obtida através das “transcrições de conversas” entre elementos do cartel de droga na aplicação Encrochat que é usada por redes criminosas por ter comunicações encriptadas, atesta ainda o semanário.
A polícia francesa conseguiu entrar na aplicação em 2020, e terá sido, assim, possível descobrir que há “malas com dinheiro” escondidas em território português, realça o mesmo jornal.
O Expresso também apurou que foram partilhadas na aplicação Encrochat “muitas imagens” onde os arguidos “se exibem a manusear grandes quantidades de maços de notas e também de droga“. Seriam uma forma de provar a “aliados e cúmplices de que estavam na posse daquele dinheiro”.
As malas terão sido escondidas aquando do confinamento decretado por causa da pandemia de covid-19, altura em que as fronteiras foram fechadas e em que havia mais polícias a controlarem os movimentos.
“O dinheiro é tanto que o grupo tinha dificuldade em mexê-lo de um lado para o outro”, revela uma fonte citada pelo Expresso.
Agora, além da polícia, também os rivais de Xuxas estarão à procura das malas com o dinheiro.
Xuxas aguarda a acusação no âmbito da chamada “operação Exotic Fruit”.
A sua detenção esteve ligada às investigações que levaram também à apreensão, em Novembro de 2020, de 12 milhões de euros numa carrinha do “Escobar brasileiro”, um ex-major da Polícia Militar do Brasil. O dinheiro vivo estava escondido em várias malas.
A polícia admite que Sérgio de Carvalho pode ainda ter dinheiro escondido noutros carros localizados na Península Ibérica.