Mário Cruz / Lusa
O ministro da Educação, João Costa
Os exames nacionais do ensino secundário vão continuar, neste ano letivo, a servir apenas como provas de ingresso no ensino superior, avançou esta quarta-feira o ministro da Educação, João Costa, no final de uma audição na Comissão parlamentar.
O ministro justificou, em resposta ao PSD, que esta decisão foi tomada para não haver “disrupções”, enquanto não houver uma decisão final sobre a revisão do modelo de acesso ao ensino superior, que será tomada “muito brevemente”.
Segundo noticiou o Público, João Costa – que se mostrou favorável à permanência de um modelo semelhante ao que tem vigorado nos últimos três anos – indicou que se deverá manter alguma distinção entre a certificação da conclusão do ensino secundário e o acesso ao ensino superior.
Contudo, em dezembro, o secretário de Estado do Ensino Superior, Pedro Teixeira, disse que o novo modelo de ingresso terá de encontrar um “equilíbrio” entre o trabalho continuado nas escolas e os exames como “mecanismos de normalização e comparabilidade”, não contribuindo para “amplificar desigualdades sociais”.
O público refere um relatório recente o Júri Nacional de Exames, que revela que o número de jovens carenciados entre os alunos que realizam os exames nacionais do secundário caiu para praticamente metade.
“O que isto revela são os efeitos das desigualdades no acesso ao ensino superior – o que suscita uma inquietação enorme”, indicou João Costa em resposta ao PCP.
