Biden declara Estado de Emergência em Nova Iorque. Ciclone-bomba já fez 50 mortos

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Jalen Wright / EPA

O Presidente dos Estados Unidos (EUA), Joe Biden, aprovou a declaração de emergência para o estado de Nova Iorque, o mais afetado pela tempestade Elliot, para facilitar a ajuda federal para dar resposta às necessidades da população, anunciou a Casa Branca.

Com esta declaração, Joe Biden aprova a ajuda federal aos governos estaduais e locais para lidar com as consequências da tempestade, que causou pelo menos 50 mortos em todo o país, 27 dos quais no noroeste daquele estado.

O Presidente norte-americano autorizou o Departamento do Interior e a Agência de Gestão de Emergência a coordenar as ações necessárias para lidar com a situação e “aliviar a adversidade e o sofrimento” causados pela tempestade, de acordo com um comunicado da Casa Branca.

Causada por uma frente fria ártica, a tempestade afetou os EUA desde os Grandes Lagos, perto da fronteira com o Canadá, até ao rio Bravo, ou Grande, na fronteira com o México, afetando cerca de 60% da população do país.

O chamado “Ciclone Bomba”,  até já aconteceu em Portugal, ainda que não com tempestades de neve como nos EUA. No nosso país, o fenómeno tem sido sobretudo acompanhado de ventos fortes e agitação marítima.

Fortes nevões e ventos ciclónicos deixaram milhares de pessoas isoladas nas suas casas, milhares de passageiros retidos, na véspera de Natal, devido a voos cancelados e a estradas bloqueadas, cortes no fornecimento de energia em quase 1,7 milhões de residências e empresas devido a ruturas na infraestrutura elétrica.

A cidade de Nova Iorque alcançou uma temperatura mínima de -10,5° Celsius (C) no dia de Natal, o que não acontecia desde 1872, enquanto Washington, a capital dos EUA, esteve com -10°C no Natal mais frio desde 1983 e Tampa, na Florida, chegou a marcar temperaturas abaixo de zero, o que não acontecia desde 1966.

As organizações de socorro resgataram corpos, na zona de Buffalo, em carros, casas e ‘pilhas’ de neve. Outros morreram durante a remoção da neve ou depois das equipas de emergência não terem conseguido responder a tempo a pedidos de ajuda, noticiou a agência Associated Press.

A governadora de Nova Iorque, Kathy Hochul, destacou que esta é a tempestade “mais devastadora” da história de Buffalo, onde caíram quase 100 centímetros de neve. “Não posso exagerar o quão perigosas as condições continuam a ser”, alertou Hochul, apelando aos moradores para que evitem deslocações nos próximos dias.

Em Buffalo, o vento da tempestade ‘Elliot’ soprou a uma velocidade parecida com a de um furacão, o que impediu muitos dos esforços de ajuda de emergência de chegarem onde era preciso.

Causada por uma frente fria ártica, a tempestade estende-se dos Grandes Lagos, perto do Canadá, até ao Rio Grande, ao longo da fronteira com o México, afetando cerca de 60% da população dos EUA.

Esta segunda-feira, a temperatura continua muito fria em grande parte do leste dos EUA, mas “verifica-se uma tendência de moderação a partir de terça-feira”, avançou o Serviço Nacional de Meteorologia. Segundo este serviço, ainda “é perigoso” viajar em algumas estradas, mas as condições deverão melhorar nos próximos dias.

O sistema de energia está a ser restaurado em todo o país, mas cerca de 100 mil consumidores ainda estão a viver no escuro, principalmente nos estados do Maine e de Nova Iorque.

ZAP // Lusa

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