Luísa Salgeiro afirmou que o seu estatuto de arguida não passava de de uma “invenção”.
O Conselho Superior do Ministério Público abriu uma investigação sobre a atuação do MP no caso da presidente da Câmara de Matosinhos e da Associação Nacional de Municípios, Luísa Salgueiro, constituída arguida no âmbito da “Operação Teia”. A informação foi confirmada pela Procuradoria-Geral da República ao jornal Expresso.
“Na sequência de dúvidas surgidas no espaço público sobre a atuação do Ministério Público no que respeita à constituição como arguida da presidente da Câmara Municipal de Matosinhos no âmbito do designado processo Teia, a Procuradoria-Geral da República, na qualidade de Presidente do Conselho Superior do Munistério Público, determinou, no dia 17 de novembro, a instauração de um procedimento especial de averiguação”, diz o gabinte de comunicação de Lucília Gago, citado pela mesma fonte.
A confusão em torno do estatuto de arguida de Luísa Salgueiro começou esta semana, quando o Correio da Manhã dava conta que a constituição tinha ocorrido por suspeitas da prática do crime de tráfico de influências a favor de Manuela Couto, empresária, e Joaquim Couto, histórico autarca do PS, sendo que ambos são arguidos no caso.
Numa reação às notícias, Luísa Salgeiro afirmou que tudo não passava de de uma “invenção“, explicando que é arguida no caso “exclusivamente” pela nomeação de Marta Pontes, sua chefe de gabinete.
“Acho isso uma invenção. Hoje foi a notícia que saiu e podia ser outra qualquer. Quando estamos no domínio da invenção tudo pode acontecer. Eu posso falar daquilo que está no processo e o que está no processo é a nomeação a minha chefe de gabinete”, disse a autarca, citada pela agência Lusa.