As empresas de 125 investidores mais ricos do mundo emitem em média cerca de 3 milhões de toneladas métricas de dióxido de carbono por ano, 1 milhão de vezes mais que a quantidade emitida por 90% das pessoas, de acordo com um novo relatório.
A amostra é composta por 125 bilionários, com investimentos em 183 empresas, que têm um valor combinado de capital próprio avaliado em 2,4 biliões de dólares (cerca de 2,4 biliões de euros). Entre 50 a 70% das emissões de carbono provêm desses investimentos, noticiou esta quarta-feira a NPR.
Coletivamente, as suas emissões anuais de dióxido de carbono totalizam cerca de 393 milhões de toneladas métricas, aproximadamente a mesma pegada de carbono anual da França, que tem uma população de 67 milhões de pessoas, revelou o relatório conduzido pela Oxfam.
“A desigualdade extrema e a concentração de riqueza minam a capacidade da humanidade de parar com a rutura climática”, disse a organização. “Pessoas muito ricas emitem quantidades enormes e insustentáveis de carbono e têm uma influência excessiva na nossa economia”, acrescentou.
O estudo relatou que a pegada média de carbono para 90% das pessoas é de cerca de 2,8 toneladas métricas por ano.
Cerca de 24% dos investimentos dos bilionários são na indústria automóvel, nos bens de luxo e nos serviços de hospitalidade. Cerca de 18% centram-se no consumo básico – alimentos, bebidas e bens domésticos -, 11% em finanças, 7% em energia e 7% em materiais. Uma das empresas é de energia renovável.
Das 183 empresas que representadas no relatório, 29% estabeleceram metas para reduzir as suas emissões, enquanto 19% comprometeram-se a reduzir as emissões líquidas a zero, reportou ainda a análise.