Familiares de australianos que viajavam no avião da Malaysia Airlines abatido em julho por um míssil alegadamente lançado pelos rebeldes pró-russos na Ucrânia, preparam uma acusação contra a Rússia, Malásia e Ucrânia, revelou a imprensa local.
Pelo menos cinco famílias apoiam a acusação que será apresentada em data ainda não determinada no tribunal Europeu dos Direitos Humanos pelo advogado e perito em aviação civil Jerry Skinner, revelou a estação de televisão ABC.
Skinner, um dos advogados que conseguiu que a Líbia tivesse pago 2.700 milhões de dólares em indenizações pelo atentado de Lockerbie, disse que as famílias das vítimas do avião malaio merecem a mesma indenização que as do avião da Pan Am em que morreram 270 pessoas no ano de 1988.
“O que se passou no atentado de Lockerbie, quando uma ação é intencional e não é negligente, gera maiores danos e esses foram de 10 milhões por família”, disse o advogado numa referência ao que pagou o governo líbio por cada vítima mortal.
O MH17 da Malaysia Airlines efetuava a rota entre Amesterdão e Kuala Lumpur quando foi atingido por um míssil durante a parte do voo em que sobrevoava a Ucrânia.
A bordo seguiam 298 pessoas, 38 das quais cidadãos ou residentes na Austrália.
/Lusa