António Cotrim/LUSA
Leo Bolgado celebra no Casa Pia-Famalicão
Equipa muito perto dos lugares europeus, com recorde de tempo útil no campeonato e com posturas que merecem aplausos, perante adversários.
Esta época futebolística está a ser marcante na zona do Parque de Monsanto: o Casa Pia voltou à I Liga, mais de 80 anos depois da última presença.
A maior parte dos adeptos e analistas esperaria que a equipa lisboeta tentasse fugir ao último lugar, neste regresso.
No entanto, quando chegamos à primeira pausa para jogos entre selecções nacionais, o Casa Pia está no sexto lugar.
Em sete jornadas, perdeu…uma vez. Ganhou quatro jogos, empatou os outros dois.
São 14 pontos, apenas a um ponto dos lugares europeus e apenas a dois pontos do FC Porto, terceiro classificado. Tem mais quatro pontos do que o Sporting, por exemplo.
Mas não é a sua classificação que justifica este artigo.
Nesta quarta-feira a Liga Portugal indicou que o Casa Pia-Famalicão, que terminou com vitória lisboeta por 1-0 foi o jogo com maior tempo útil na sétima jornada da I Liga. 62,18% de tempo útil, equivalente a 59,41 minutos.
A questão é que, tal como a própria Liga destacou, em sete jornadas esta é a quarta ronda em que o Casa Pia é uma das equipas presentes no jogo com mais tempo útil.
Os bons exemplos não se ficam por aí.
O portal zerozero sublinhou outro momento, do mesmo jogo, que deve ser aplaudido: os 40 adeptos do Famalicão tiveram autorização para estar na bancada central do Estádio do Jamor.
Ou seja, adeptos das duas equipas estiveram na mesma bancada, no encontro realizado no domingo passado.
Refira-se que estavam 917 espectadores, num estádio que tem capacidade para mais de 37 mil pessoas.
Ainda há outro aplauso, um pouco mais antigo: logo na primeira jornada o Casa Pia jogou nos Açores e, dois dias depois do encontro com o Santa Clara, emitiu um comunicado…a agradecer a solidariedade demonstrada pelo clube açoriano.
“Fomos recebidos de forma digna e amável por todos. Os nossos adeptos agradeceram o mesmo tratamento. Esperamos retribuir na segunda volta”.
Não deveria ser notícia, mas é.
