A Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) já apreendeu, este ano, produtos avaliados em mais de 14 milhões de euros, evitando assim a sua entrada na economia paralela.
Segundo Pedro Portugal Gaspar, inspetor-geral do organismo, em causa estão produtos apreendidos até inícios de novembro e que, se não fosse a intervenção da ASAE, teriam sido introduzidos no mercado “de forma irregular”.
Uma das principais irregularidades tem a ver com a contrafação.
Pedro Portugal Gaspar referiu que o valor do material apreendido este ano aumentou em relação a 2013, apesar da diminuição do número de operadores económicos fiscalizados.
“Estamos a ir ao local de produção, apanhamos mais quantidade logo na fonte. Apreendemos mais material fiscalizando menos operadores”, referiu.
O inspetor-geral da ASAE falava esta terça-feira em Barcelos, durante a inauguração de um polo logístico daquele organismo, um armazém com 2.000 m2 onde vai ficar guardado o material apreendido. A renda do armazém, num total de 36 mil euros anuais, será paga pela Câmara de Barcelos. O protocolo de cedência das instalações à ASAE vigora por um prazo de 10 anos.
O presidente da Câmara de Barcelos, Miguel Costa Gomes, disse acreditar que, nesse período, o município conseguirá o retorno do investimento feito, nomeadamente através da dinamização económica que a presença da ASAE no concelho acarretará.
Com este protocolo com a Câmara de Barcelos, a ASAE prevê uma poupança de “pelo menos” 100 mil euros, entre rendas e despesas com transporte de produtos apreendidos.
Portugal Gaspar lembrou que 80% das apreensões de vestuário se registam na região norte.
/Lusa