Análises do líder da APETRO: não se deve seguir a “ilusão” de que a transição energética é rápida e fácil.
A energia, mais concretamente o preço da energia e as alternativas às opções habituais, têm dominado as conversas e as notícias ao longo dos últimos meses, desde que a guerra na Ucrânia começou.
O secretário-geral da Associação das Empresas Petrolíferas (APETRO) considera que é real a hipótese de racionamento de energia no Inverno.
Sobretudo se não houver medidas voluntárias das pessoas e das empresas, ou se essas não funcionarem: “Sei que já há empresas pela Europa fora a rever os seus horários de funcionamento, no sentido de fugirem das horas de ponta. Se calhar, em vez de dizermos que temos de cortar 20% ou 30% das horas de ponta, temos de pensar como é que podemos adaptar-nos às novas circunstâncias e evitar chegar ao racionamento”.
“Se as medidas voluntárias e de adaptação da sociedade não forem suficientes, é provável que o poder político tenha de chegar à fase do racionamento. Gostaria que isso não acontecesse, mas nada nos garante que não possa vir a acontecer”, avisou António Comprido.
Nesta entrevista à rádio TSF, o responsável citou a Agência Internacional de Energia, que prevê falta de gasóleo. E explicou que o gasóleo está mais caro do que a gasolina porque a Europa dependia muito da Rússia em termos de gasóleo.
“Se houver restrições adicionais à Rússia, como parece que vai haver, não podemos esquecer que antes da guerra a Rússia era responsável por mais de 40% do gasóleo consumido na Europa. A questão é que as cadeias de abastecimento se vão tornar mais longas, eventualmente mais caras, com mais intervenientes no processo e, portanto, a tendência será para uma pressão nos preços, principalmente do gasóleo. Não tenho a mínima dúvida disto”, assegurou.
Comprido abordou também a energia nuclear. Não há necessidade de recorrer ao nuclear em Portugal mas, num panorama mundial, a energia nuclear é “absolutamente essencial”.
O secretário-geral da APETRO deixou outro aviso: não se deve seguir a “ilusão” de que a transição energética é rápida e fácil.
“Acho que precisamos de procurar o equilíbrio, temos de viver um binómio. Isto é, garantir a energia de que necessitamos hoje, enquanto garantimos a energia que precisamos no futuro. Acho que houve alguma ilusão nalguns sectores e de algumas pessoas de que rapidamente conseguíamos saltar de um paradigma para o outro sem grandes perturbações. Isto veio demonstrar que a transição energética é absolutamente necessária, mas é demorada e tem dificuldades“, comentou.
António Comprido recordou a importância das energias fósseis nos nossos dias, que representam mais de 80% da energia primária utilizada no planeta.
Uma medida fácil, rápida e eficiente é voltar a promover o Teletrabalho.
Porque demoram?
Sim, é uma medida. Outra seria a reativação de centrais a carvão e o retardar ou o reativar de centrais nucleares um pouco por toda a Europa, nomeadamente na Alemanha.
Outra medida, ainda mais importante, porque contribui para a resolução de dois problemas, é acabar com a TV e internet. Poupava-se energia e combateríamos o problema demográfico.
Apoioado Dois em um
Os combustíveis não são comprados a Rússia e tudo mentiras para enganar o povo sempre distraído…
Portugal tem das maiores produções enrrgéticas por área de território que é possível encontrar na Europa. Esta energia , avaliada em milhões de gigajoule, causa-nos problemas durante todo o verão. Basta transformar as térmicas de carvão em térmicas de manta morta, concretamente, trocar os queimadores.
Além disto, temos de ir pensando em rever a questão das barragens e das respectivas figuras rupestres associadas, não para garantir somente potência mas fundamentalmente para regularizar caudais já turbináveis em centrais já existentes.
Portugal não recebe quase energia nenhuma da Rússia, pelo que não precisa de racionar nada. O que Portugal precisa é de levantar todas as sanções contra a Rússia e distanciar-se da política anti-Rússia da UE. Se há na Europa quem queira fazer a guerra à Rússia que peguem em armas e vão para a Ucrânia deixar-se matar. Eu já fiz a minha guerra em Angola, não preciso de outra que nada tem a ver connosco.
O que é que nós temos a ver com a Russia?
Vão continuar a mentir-nos até quando?