Serra da Estrela: depois do incêndio, chuva intensa e “cenário de destruição”

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Paulo Azevedo / Viagens à Solta

Uma das lagoas mais surpreendentes da Serra da Estrela

Sameiro afetada nesta madrugada. Zona foi palco de incêndio no mês passado e detritos da área ardida foram agora arrastados.

A chuva intensa que caiu durante a madrugada arrastou terras e detritos das áreas ardidas da serra da Estrela e causou danos na freguesia de Sameiro, Manteigas, segundo fontes da proteção civil e do município.

Segundo fonte do Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS) da Guarda, pelas 03:48 foi dado o alerta para um movimento de massa (deslizamento de terras) na localidade de Sameiro, concelho de Manteigas, distrito da Guarda.

A fonte referiu à Lusa que, devido à chuva que caiu com intensidade nas áreas que foram destruídas pelo incêndio que atingiu a serra da Estrela no mês de agosto, ocorreu um movimento de terras e os detritos “foram para o leito do rio [Zêzere] que ficou alagado”.

O presidente da Câmara Municipal de Manteigas, Flávio Massano, fez uma publicação nas redes sociais, há cerca de uma hora, na qual escreveu que “as condições climatéricas anunciadas”, que levaram a autarquia a tomar a decisão preventiva de encerramento da via ER 338, na serra da Estrela, “causaram um cenário de destruição” na freguesia de Sameiro.

“Estamos desde as 03:20 no terreno, hora a partir da qual ativei o Plano de Emergência Municipal (a ratificar posteriormente), para poderem ser mobilizados vários meios municipais, da freguesia, bombeiros, sapadores, GNR e, principalmente, de civis, que, neste momento, efetuam trabalhos conjuntos de desobstrução de canais, vias e habitações sob a orientação da Proteção Civil”, escreveu.

Segundo o autarca de Manteigas, “os danos são enormes, várias viaturas foram arrastadas pela força da água, há casas e negócios afetados, estradas, iluminação pública, infraestruturas de água e saneamento, equipamentos desportivos e lúdicos, entre outros”.

Flávio Massano indicou que, de momento, não tem informação de feridos, nem de desaparecidos, e está no terreno a avaliar a situação “a todo o instante”.

A Lusa tentou contactar o autarca por telefone, mas não foi possível.

Segundo a página da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), pelas 09:10 estavam no terreno 41 elementos e 13 viaturas.

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