Ao terceiro dia o diário voltou, mas com limitações. I e Nascer do Sol foram alvos de ataques informáticos na terça-feira.
O jornal i voltou a ser vendido em papel nesta sexta-feira. Não aparecia nas bancas desde terça, dia em que foi alvo de (novos) ataques informáticos.
Em Junho, já tinha havido um ataque de ransomware que condicionou o funcionamento do jornal, em papel.
Agora, “repetidos ataques informáticos” ao sistema Newsplex, e todo o sistema de produção e gestão de conteúdos nas várias plataformas ficou bloqueado.
O jornal i não foi publicado em papel nesta quarta-feira, repetindo-se o cenário na quinta-feira, sendo também condicionada a próxima edição do Nascer do Sol.
A edição online do i continuou, apesar de poder verificar algumas limitações no seu funcionamento regular, admitiu o grupo.
Foi feita participação às entidades competentes, depois de uma primeira queixa feita à Polícia Judiciária, em Junho.
Pedro Adão e Silva, ministro da Cultura, reagiu a este “episódio deplorável”, acrescentado: “Sempre que um órgão de comunicação social é silenciado, a democracia empobrece“.
Ao terceiro dia, o i voltou a aparecer em papel. Nesta sexta-feira, mas com uma edição especial e limitada, de apenas 16 páginas.
A administração do jornal justificou este formato diferente: “Não podíamos deixar de a publicar, tendo em conta a morte da Rainha Isabel II – a quem dedicamos este número”.
“A sua produção representou, entretanto, um esforço hercúleo, num regime de trabalho dificílimo”, continua a explicação.
O preço (2.5 euros) manteve-se: “Gostaríamos de o ter reduzido, mas mostrou-se impossível em consequência dos elevados custos de produção em condições precárias e também dos encargos de distribuição”.
O semanário Nascer do Sol deverá sair em papel neste sábado. Mas sem certezas.