O Banco de Fomento contratou um ex-adjunto de Pedro Siza Vieira por ajuste direto. Manuel Queiroz Ribeiro vai receber 150 mil euros brutos em dois anos.
Recentemente, os ajustes diretos dentro do Governo já deram que falar.
O ministro das Finanças, Fernando Medina, contratou, por ajuste direto, Sérgio Figueiredo para o cargo de consultor estratégico para fazer a avaliação e monitorização do impacto das políticas públicas. O antigo jornalista e ex-administrador da Fundação EDP ia receber um total de 139.990 euros brutos em dois anos.
Entretanto, Sérgio Figueiredo optou por não aceitar o cargo. “Para mim chega! Sou a partir deste momento o ex-futuro consultor do ministro das Finanças”, escreveu o próprio num texto publicado no Jornal de Negócios, anunciando assim que não aceitará o cargo.
Agora, o jornal Público noticia que, em maio, o Banco de Fomento contratou, também por ajuste direto, um ex-adjunto do ex-ministro da Economia Pedro Siza Vieira para prestar “serviços jurídicos, consultoria estratégica e relações institucionais”, pagando-lhe 150 mil euros por dois anos de trabalho.
Em causa está Manuel Maria Mendes Coelho de Queiroz Ribeiro. O contrato disponível no portal Base dá conta que dos 150 mil euros, 10 mil euros são “a título de despesas de alojamento, alimentação e deslocação”.
O recurso ao ajuste direto, que apenas é usado em situações excecionais, foi justificado com o facto de a natureza do serviço não permitir “a elaboração de especificações contratuais suficientemente precisas para que sejam qualitativamente definidos atributos das propostas necessários à fixação de um critério de adjudicação”.
Manuel Queiroz Ribeiro, de 31 anos, trabalhou numa sociedade de advogados antes de, em maio de 2018, ter-se juntado ao gabinete do então ministro-adjunto Pedro Siza Vieira, na função de técnico especialista.
Em outubro de 2019, Queiroz Ribeiro passou a adjunto do gabinete do ministro de Estado, da Economia e da Transição Digital. O advogado foi contratado por 3.700,39 euros brutos mensais.
Desde a sua criação, há quase dois anos, o Banco de Fomento já fez 73 negócios sem concurso, num total de seis milhões de euros.
É tudo a mamar forte no nosso
E os contribuintes a pagarem todas estas falcatruas. Cada ministro deve ter caoacidades integrais ou ter secretarios de estado para fazerem o que é necessário e estes esquemas dos AD são por demais o retrato de um desgoverno de compadrios.VERGONHA
O desbaratar do esforço do contribuinte é um atentado à democracia e paz.
É vergonhosa a forma como se acham acima dos restantes cidadãos.
Um escarro de pessoas.
A maioria absoluta pôs isto a saque. Tem que haver uma manifestação nacional.
Conversa de Gajas
É mais de gajos!