Pedro Nuno Santos, ministro das Infraestruturas, e Marta Temido, ministra da Saúde, são considerados os ministros mais remodeláveis.
Apenas cinco meses passaram desde as últimas eleições legislativas, ma os portugueses desejam uma alteração ao atual elenco governamental. A encabeçar a lista de governantes que devem sair, à luz de uma sondagem do Centro de Estudos e Sondagens de Opinião (Cesop) da Universidade Católica para a RTP, Antena 1 e jornal Público estão Marta Temido, ministra da Saúde, e Pedro Nuno Santos, ministro das Infraestruturas — ambos recentemente envolvidos em polémicas.
Ainda de acordo com os resultados obtidos, os inquiridos consideram que o país está pior do que estava há um ano, com 50% dos indivíduos a classificar como “razóavel” o desempenho do atual Governo. Cerca de 37% atribuíram a nota de “mau”. Como tal, a avaliação média é inferior à do ano passado, quando 24% entendiam o desempenho do Governo como “bom“.
Ainda no campo das remodelações, a opção é defendida por 56% dos inquiridos. O número é, ainda assim, inferior ao de 2021, quando a percentagem era de 71%. Por esta altura, era a saída de Eduardo Cabrita que preenchia as manchetes dos jornais, a propósito do acidente que vitimou um trabalhador na A6.
Portugueses querem regionalização referendada
Apesar da recusa do novo líder do PSD, Luís Montenegro, em apoiar a realização de um referendo sobre a regionalização em 2024, a maioria dos portugueses quer que o ato se realize, vendo nele mais potencial positivo para o país.
Numa outra sondagem também do Centro de Estudos e Sondagens de Opinião (Cesop), à pergunta “acha que a regionalização tenderia a ser mais boa que má ou mais má que boa para o país”, 41% dos inquiridos respondeu que será “mais boa do que má“, ao passo que 34% entende que será “mais má que boa “. Já 25% não sabem ou não respondem.
Sobre o método que deve ser adotado no processo de regionalização, caso este avance, mais de dois terços dos inquiridos defendem precisamente a realização do referendo (69%), em vez da decisão no Parlamento (22%).
No fim do ano passado, António Costa anunciou a realização de uma consulta popular para 2024, no entanto, há três semanas, Luís Montenegro recusou a possibilidade no seu discurso de encerramento do Congresso do PSD, alegando o “quadro crítico” que o país estará a viver.
“Seria uma irresponsabilidade, uma precipitação. Os portugueses não compreenderiam. Tenhamos a noção das prioridades. Em 24 de Fevereiro não foi só o mundo que mudou (…) Convém ter os pés bem assentes na terra. Se o Governo compreender o bom senso desta posição tanto melhor”.