A assessora parlamentar do Chega e ex-deputada do PAN, Cristina Rodrigues, defendeu a prisão perpétua em Portugal nas recentes jornadas parlamentares do Chega.
A antiga parlamentar Cristina Rodrigues foi eleita pelo PAN nas eleições legislativas de 2019, mas acabou por se desvincular do partido alguns meses após as eleições, em junho de 2020. Atualmente desempenha funções como assessora parlamentar do Chega.
Esta segunda-feira, segundo o Observador, a antiga deputada esteve nas jornadas parlamentares do Chega para explicar as linhas gerais do projeto de revisão constitucional que o partido vai apresentar em setembro.
De acordo com André Ventura, o projeto de revisão constitucional irá “tocar naquilo que o sistema não quer” que o Chega toque. Entre outras propostas, o partido sugere “prisão perpétua para criminosos graves; menos deputados, menos titulares de cargos políticos; e incompatibilidade entre cargos políticos e públicos”.
“Uma Constituição que não seja dos socialistas nem comunistas, mas de um país que quer ser moderno, rico e próspero”, salienta o líder do Chega.
Cristina Rodrigues explicou que o partido quer “limitar situações” como a da ex-ministra Ana Paula Vitorino, casada com o ex-ministro Eduardo Cabrita. Enquanto ministra do Mar, Ana Paula Vitorino regulou os transportes marítimos e depois foi nomeada para a Autoridade dos Transportes, acusa a assessora.
“Enviesa a independência que os titulares dos cargos devem ter, a ideia de que no futuro podem ter benefícios próprios pode condicionar as decisões”, atirou Cristina Rodrigues.
O Chega quer acabar com o limite de pena, instituindo a prisão perpétua em Portugal. Cristina Rodrigues sublinhou que “a reabilitação nem sempre é possível”.
O Observador realça a disparidade de ideias defendidas pela ex-deputada, que ainda há cerca de um ano se batia por questões de igualdade de género e pobreza menstrual feminina, por exemplo.
De todo o painel de oradores presente, Cristina Rodrigues terá sido mesmo a que discursou durante mais tempo.
Lamentável. Está visto que estes políticos só se interessam pelo seu próprio tacho. Está bem entregue junto do André Ventiras!
Muito bem. Para grandes assassinos a prisão perpétua está certa. André Ventura é o único deputado com coragem para o dizer, sobretudo quando, mais do que nunca, há tanto hipócrita na Parlamento.