Uma equipa de arqueólogos da Universidade de Manchester, no Reino Unido, começaram uma escavação num túmulo com 5 mil anos associado ao Rei Artur.
Conhecido como Arthur’s Stone (Pedra de Artur), o túmulo tem uma câmara, formada por nove pedras verticais, com uma enorme pedra, que se estima pesar mais de 25 toneladas, na parte superior.
O acesso era feito pela lateral do monte que o cobre. Há ainda uma pedra isolada que provavelmente fazia parte de uma falsa entrada.
O túmulo nunca tinha sido escavado, mas em casos semelhantes nesta região foram encontrados restos incompletos de esqueletos de várias pessoas. Ainda em março, investigadores descobriram túmulos de dezenas de reis britânicos da Idade das Trevas.
É improvável que o monumento tenha sido construído apenas como um túmulo. Rituais de antepassados, através dos quais reivindicavam uma determinada área de terra, podem ter ocorrido aqui.
Como muitos monumentos pré-históricos no oeste de Inglaterra e no País de Gales, este túmulo está associado ao Rei Artur desde antes do século XIII. Segundo a lenda, foi aqui que o Rei Artur matou um gigante que, ao cair, deixou a marca dos seus cotovelos numa das pedras.
“A Pedra de Artur é um dos monumentos pré-históricos de destaque deste país [Inglaterra], situado num local de tirar o fôlego — mas ainda é pouco compreendido. O nosso trabalho procura restaurá-lo ao seu devido lugar na história da Grã-Bretanha neolítica”, disse o líder da equipa de escavações, Julian Thomas, em comunicado.
Artur é um lendário rei britânico que, de acordo com as histórias medievais e romances de cavalaria, liderou a defesa da Grã-Bretanha contra os invasores saxões no final do século V e no início do século VI.
Os detalhes das suas histórias são, em grande parte, compostos por folclore e invenções literárias, e a sua existência histórica é motivo de debate académico entre os historiadores contemporâneos. A falta de evidências convincentes nos registos mais antigos é a principal razão de muitos historiadores desconsiderarem Artur na história da Bretanha.
Acredita-se que o autor C.S. Lewis se tenha inspirado na zona onde os arqueólogos estão agora a escavar para criar o seu mundo fictício de Nárnia. A Pedra de Artur terá servido de inspiração para a mesa de pedra na qual o leão Aslan se sacrifica em “O Leão, a Feiticeira e o Guarda-Roupa”.
isso tudo não eram lendas. A lenda do Rei Artur, os gigantes…..?
É um dólmen, a câmara de uma mamoa. Por cá, o povo diz que são construções dos mouros (basta pesquisar “pedra da moura”, “pedra moura”). É muito mau quando os arqueólogos, na ânsia de sairem nas notícias e nas redes, misturam ciência com lenda! São assim os nossos tempos…
Talvez a Anta Grande do Zambujeiro, apesar de bem mais antiga que esta “do Rei Artur”, seja o sítio onde a Padeira de Aljubarrota matou e cozeu os 7 desventurados castelhanos. 😀