Portugal foi hoje eleito, em Paris, para o Comité do Património Mundial da UNESCO, para um mandato que decorre até 2017, anunciou hoje o ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE).
Em comunicado, o MNE informa que a eleição ocorreu no âmbito da 19.ª Assembleia dos Estados Parte à Convenção do Património Mundial, Cultural e Natural, que decorre em Paris entre hoje e quinta-feira.
Portugal, que já pertenceu ao comité entre 1999 e 2005, foi eleito com 111 votos, sendo escolhido entre 22 países candidatos para 12 vagas.
“Esta eleição reflete, uma vez mais, o reconhecimento do compromisso de Portugal com o sistema das Nações Unidas e com o multilateralismo, traduzindo em concreto um claro reconhecimento do nosso contributo construtivo em termos de cooperação internacional em matéria de património, bem como da valia do património histórico português e do empenho, experiência e competência do nosso país na preservação e gestão de bens patrimoniais, edificados ou naturais”, refere o ministério.
Portugal tem atualmente 16 bens classificados como Património Mundial da UNESCO:
Centro Histórico de Angra do Heroísmo (1983) – Angra do Heroísmo, Ilha Terceira, Açores
Mosteiro dos Jerónimos (1983) – Lisboa
Torre de Belém (1983) – Lisboa
Mosteiro da Batalha (1983) – Batalha
Convento de Cristo (1983) – Tomar
Centro Histórico de Évora (1986) – Évora
Mosteiro de Alcobaça (1989) – Alcobaça
Paisagem Cultural de Sintra (1995) – Sintra
Centro Histórico do Porto (1996) – Porto
Sítios de Arte Rupestre do Vale do Côa (1998) – Distrito da Guarda
Floresta Laurissilva da Ilha da Madeira (1999) – Ilha da Madeira, Madeira
Centro Histórico de Guimarães (2001) – Guimarães
Região Vinhateira do Alto Douro (2001) – Nordeste de Portugal
Paisagem da Cultura da Vinha da Ilha do Pico (2004) – Ilha do Pico, Açores
Cidade Fronteiriça e de Guarnição de Elvas e as suas Fortificações (2012)1 – Elvas
Universidade de Coimbra, Alta e Sofia (2013) – Coimbra
O Comité do Património Mundial é composto por 21 Estados Parte da Convenção do Património Mundial, Cultural e Natural, sendo responsável pela sua aplicação e gestão, bem como pela utilização dos fundos do património mundial. O Comité tem ainda a responsabilidade de decidir quais os bens a inscrever na lista do Património Mundial e analisar os relatórios sobre o estado de conservação dos bens que já se encontram inscritos.
“O Governo português reitera o seu compromisso para com a UNESCO e o seu papel insubstituível na cooperação internacional nos domínios da educação, da ciência e da cultura”, acrescenta o comunicado do ministério liderado por Rui Machete.
ZAP/Lusa