Alunos “espreitam” cursos ligados a electricidade, carpintaria e outras áreas. Não há mão-de-obra e tudo se reflecte no resultado para o cliente.
Carpinteiros, electricistas ou encarregados de obra: falta gente nestas profissões.
A crise de mão-de-obra na construção civil tem crescido ao longo dos últimos anos: há menos pessoas interessadas em trabalhar mas o número de construções e outros trabalhos não diminui. Pelo contrário.
Estima-se que faltem cerca de 80 mil trabalhadores qualificados no sector da construção civil, em Portugal.
“Cada vez mais há falta mão-de-obra. E, se não fizermos este trabalho de falarmos com os jovens logo desde o início, ainda vai ser pior”, comentou André Baião.
André é responsável pelos recursos humanos de uma das empresas de construção civil que se mostraram perante alunos no CICCOPN – Centro de Formação Profissional da Indústria da Construção Civil e Obras Públicas do Norte.
A ideia neste centro de formação profissional na Maia é cativar estudantes para este sector.
Rui Valente, director do CICCOPN, explicou à RTP: “Queremos mostrar o que faz o carpinteiro, o electricista, o medidor, o orçamentaste… Para conseguir perceber o que são todas essas profissões e conseguir perceber como elas se encaixam no ciclo da construção civil”.
As empresas aproximam-se dos alunos para evitar atrasos e problemas com os clientes: “Não há mão-de-obra, os prazos derrapam. Tudo vai reflectir-se na parte final, no cliente”, avisou André Baião.