Portugal tem cada vez menos casas à venda. Vem aí uma escalada de preços

7

A oferta de imóveis em Portugal está a diminuir e avizinha-se uma escalada de preços, principalmente nas grandes cidades.

Em abril, Portugal tinha 135 mil imóveis para venda, contra os 150 mil no final do ano passado. Esta quebra de 6% na oferta imobiliária “pode provocar uma escalada de preços a curto prazo, especialmente nas grandes cidades”, alerta a consultora imobiliária Imovendo.

Segundo o Jornal de Negócios, a maior queda de inventário deu-se nos apartamentos, sendo que a oferta de moradias manteve-se relativamente estável.

“Estamos a falar de cerca de 15 mil novos imóveis colocados no mercado no primeiro quadrimestre na área metropolitana de Lisboa, e 4 quatro mil novos imóveis na área Metropolitana do Porto, tendo ambas as áreas metropolitanas tido quedas muito semelhantes, 15% em Lisboa e 18% no Porto face ao último trimestre de 2021”, disse Nélio Leão, CEO da Imovendo.

Apesar da “subida de preços e das novas condicionantes aos empréstimos de habitação”, a procura por imóveis manteve-se no início deste ano. No primeiro trimestre de 2022 foram vendidos mais de 38 mil imóveis. Em abril, foram vendidos cerca de 13 mil.

“Ainda existe muita incerteza quanto a uma subida das taxas de juro, que a acontecer terá de ser ou em julho e/ou em setembro de 2022 meses em que a comissão executiva do BCE se reúne com os governadores dos bancos centrais da zona euro, mas estima-se que esse aumento se possa situar nos 25 pontos base caso o mesmo ocorra”, notou Nélio Leão, ao Negócios.

Um abrandamento no mercado imobiliário é expectável tendo em conta a guerra na Ucrânia e o ressurgimento de uma nova vaga de covid-19.

O Banco de Portugal atualizou no início do mês os números sobre taxas de juro e montantes de novos empréstimos e depósitos, com dados de março de 2022. Há praticamente 14 anos e meio que os bancos portugueses não emprestavam tanto dinheiro, num mês, para a compra de casa.

Um estudo da seguradora britânica CIA Landlords concluiu que Lisboa é a terceira cidade mais cara do mundo para se viver. Quando se extraem os valores médios da renda de um T3 e do custo de vida ao salário médio de um lisboeta, conclui-se que os habitantes da capital portuguesa ficariam com dívidas de 1.149 euros todos os meses.

ZAP //

Siga o ZAP no Whatsapp

7 Comments

  1. Noticia com interesses obscuras certamente..

    Com os juros a subir, a procura tambem ira diminuir, logo o mais provavel é que os preços desçam e não subam …
    Não se compram casas todos os dias, por isso mesmo com a subida do custo dos materiais e transportes, a subida das taxas de juro farão os preços descer por falta de rendimento disponivel..

    Ou em Portugal compram-se apenas casas a pronto?

    • O preço, a subir, só deve ser em Lisboa e no Porto, pagas a pronto pelos estrangeiros ricos por isso, tudo bem para mim! Como vivo no interior, numa aldeia e aqui uma vivenda à maneira custa menos de metade do valor de um apartamento ridículo em Lisboa, estou super tranquilo… não mudem as mentalidades e não saiam dos grandes centros urbanos que, com esta inflação galopante, logo falam em fome como já por ai em muitos outros comentários! Por aqui há quase de tudo como na capital, falta apenas emprego e fome… pois aqui existe é trabalho e quem tem fome cultiva as terras e deixa de ter!

      • Não fique tranquilo por muito tempo, as imobiliárias promovem tudo o que mexe.
        Os alvos são as cidades com melhores acessibilidades, quando a matéria prima acabar vão ao restante, são autênticos abutres.

        E não vejo nos próximos tempos haver alguma política de proteção para os portugueses.

      • Mas comprar casa longe de onde se trabalha, é perder qualidade de vida e pagar em despesa de deslocação outra mensalidade exorbitante. . no Canadá o governo decidiu proibir a venda de casas a estrangeiros por um período de tempo devido a estar causar um aumento de preços especulativos e que impossibilitavam muita gente de poder aceder a habitação própria.

        • Mas no Canadá o Governo pensa no bem estar da população o que não é o caso do nosso Desgoverno que atrai a nata da malandragem mundial por uns míseros Euros… Abraços

      • Isso não é verdade. A subida do imobiliário faz-se sentir em todo o país. Obviamente que as capitais de distrito e as principais cidades do litoral têm uma pressão maior, assim como o Algarve. Mas em todo o lado os preços subiram.
        Quanto ao custo de vida é efetivamente muito diferente de Vila Real ou Viseu para Porto ou Lisboa. Também há muito menos oportunidades de emprego fora do grande Porto e grande Lisboa.
        É tudo uma questão de opções. No entanto, considero que se vive muito melhor fora das grandes cidades do que nestas. Menos stress, menos problemas a estacionar o carro, menos perda de tempo ao volante, restaurantes mais baratos e bons, habitação muito mais barata, … E com as acessibilidades que temos hoje em dia, numa ou duas horas, vai-se a Lisboa ou Porto ver um espetáculo, um jogo de futebol…

Deixe o seu comentário

Your email address will not be published.