A “limpeza cultural” que o Estado Islâmico está a realizar no norte do Iraque levanta o receio de que culturas inteiras, que já existiam nos primórdios da humanidade, enfrentem actualmente a maior ameaça da sua história, declarou a directora-geral da Unesco Irina Bokova.
Segundo a dirigente da Unesco, citada pela The Christian Science Monitor, “os métodos do Estado Islâmico podem ser comparados aos dos nazis: se algo não corresponde às suas convicções religiosas e políticas, então tem que desaparecer”.
“Não me recordo de nada de semelhante na história contemporânea”, acrescenta Irina Bokova.
“Não se trata apenas da destruição física de santuários e locais de culto, mas da herança cultural intangível de minorias locais como os Yazidis ou Cristãos, que estão em risco.
“Isto é uma forma de destruir a identidade destas minorias”, diz Bokova, durante uma visita à cidade de Erbil, no norte do Iraque.
“Estão a tirar-lhes a cultura, a história, a herança, a memória. Faz parte do genocidio, da perseguição física destas minorias que estão a ser eliminadas”, acrescenta.
De acordo com a directora-geral da organização, a Unesco e a Interpol estão a tomar medidas conjuntas para travar o contrabando de artefactos das antigas civilizações, que serve ao Estado Islâmico de fonte de financiamento das suas operações militares.
Ex-ministra dos Negócios Estrangeiros da Bulgária e ex-deputada do Partido Socialista búlgaro, Irina Bokova, de 62 anos, é desde 2009 a directora-geral da UNESCO – Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura.
ZAP
Tem de pedir desculpa imidiatamente por ofender dessa forma a minoria islâmica.
Caro Jose Nabo
Está cheio de razão, não sei como é possivel comparar uma seita de analfabetos terroristas como esses, a uma sociedade que embora tenha ficado manchada por alguns actos menos dignos, mas que não foram os piores a comete-los, contribuiu de forma significativa para o grande avanço da humanidade no sec XX.