O susto da ordem para a “águia” não faltou, mas o Benfica conseguiu não se deixar afectar pelo golo muito madrugador da Belenenses SAD, por Afonso Sousa, cerrou fileiras, partiu para cima dos “azuis” e venceu com tranquilidade por 3-1.
O “hat-trick” de Darwin Núñez foi o foco de uma partida na qual os “encarnados” tiveram dois médios em alta rotação e com exibições de grande qualidade: Adel Taarabt e João Mário. E ainda deu para fazer poupanças tendo em vista o jogo em Anfield.
A primeira metade foi de amplo domínio do Benfica, mas não de controlo. Aos três minutos, Rafael Camacho fugiu pela esquerda, deixou Adel Taarabt “nas covas” e cruzou para o 1-0 de Afonso Sousa, que só teve de empurrar.
A partir daqui, os “encarnados” – que apresentaram muitas alterações, com André Almeida, Morato, Lázaro, João Mário e Diogo Gonçalves de início – partiram para cima dos “azuis”, com pressão intensa e alguma facilidade em chegar à linha, geralmente por Darwin Núnez, mas o último passe não saída.
Ao mesmo tempo iam permitindo aos visitantes algumas investidas perigosas.
Porém, aos 22 minutos, Adel Taarabt redimiu-se do lance do 1-0, recuperou a posse na meia-direita e assistiu Darwin, que fez o empate com qualidade.
Aos 36 foi Everton a estar perto da reviravolta, com um remate que embateu no poste direito da baliza de Luiz Felipe.
Taarabt era o melhor em campo ao descanso, com um GoalPoint Rating de 6.3, com uma assistência em três passes para finalização, dois passes super aproximativos e sete recuperações de posse (máximo).
Boa reentrada do Benfica em jogo. O 2-1 chegou aos 54 minutos, em novo lance de excelência de Taarabt, que levantou a cabeça e assistiu Darwin, que não perdoou.
Bis de passes para golo de Adel, bis de tentos do uruguaio, que fez o seu 23º na Liga Bwin, o 30º na temporada.
Aos 58 foi Meïté na recuperação e João Mário na assistência, com um excelente passe a rasgar que isolou Darwin para o “hat-trick”.
Tudo controlado, agora sim, na segunda parte, com os “encarnados” a limitarem os lances de ataque da Belenenses SAD e a criarem diversos momentos de muito perigo, a justificarem até um número mais gordo de golos.
A formação benfiquista conseguiu fazer a rotação da equipa e descansar jogadores para o confronto em Inglaterra com o Liverpool e somar os três pontos.
Melhor em Campo
Recital de Darwin, num jogo em que, compreensivelmente, os níveis de concentração – tendo em contra a proximidade do jogo em Liverpool – poderiam ter caído a pique.
Só que o uroguaio não quis saber e “trucidou” a Belenenses SAD, com uma grande exibição que lhe valeu um “hat-trick” e a distinção de melhor em campo, com um GoalPoint Rating de 9.4.
Além dos tentos, Núñez foi o jogador mais rematador da partida, com sete disparos, três enquadrados, somou cinco passes ofensivos valiosos, completou as duas tentativas de drible, recebeu 14 passes aproximativos e somou relevantes 13 acções com bola na área contrária.
Destaques do Benfica
Adel Taarabt 7.8 – Aquela finta que sofreu de Camacho logo no arranque poderia ter atirado os níveis de confiança do marroquino para níveis baixos, mas isso não aconteceu. Taarabt reagiu e rubricou uma exibição de grande nível, com duas assistências em excelentes seis passes para finalização (máximo), um passe de ruptura, nove passes aproximativos, três super aproximativos e o máximo de recuperações de posse (8, a par de Afonso Sousa).
João Mário 7.3 – E se, após tanto debate sobre qual a melhor opção, fosse mesmo a dupla João Mário-Taarabt a dar qualidade extra ao meio-campo do Benfica? É possível, mas esse é outro tema. A verdade é que João Mário regressou à titularidade e fez um jogão. O médio fez uma assistência em dois passes para finalização, registou três passes de ruptura, 11 ofensivos valiosos (ambos máximos), nove passes aproximativos e quatro super aproximativos, completou duas de três tentativas de drible e fez sete recuperações de posse.
Everton 6.9 – Muito bem o brasileiro. “Cebolinha” foi um problema para a defesa da Belenenses SAD, mostrou-se mais pausado e cerebral nas acções, não se precipitando tanto, e terminou com quatro remates, dois enquadrados, acertou no ferro uma vez, fez três passes para finalização, dois super aproximativos, registou quatro conduções aproximativas e fez quatro desarmes, máximo a par de Lázaro.
Morato 6.6 – Uma das novidades no “onze” benfiquista. O brasileiro somou 82 acções com bola (segundo valor mais alto), completou as duas tentativas de drible e ganhou os três duelos aéreos em que participou.
Otamendi 6.4 – O argentino esteve muito forte no passe, tendo completado 57 dos 59 passes realizados (máximo de passes certos a par de Morato). Otamendi registou ainda três desarmes.
André Almeida 6.3 – Há algum tempo que o experiente defesa não era titular. Jogou nesta partida e esteve bem, com dois passes para finalização, seis ofensivos valiosos, três desarmes e o máximo de acções com bola (90).
Lázaro 6.3 – O austríaco ocupou o lugar habitualmente de Grimaldo e fez um jogo competente, tendo mesmo enquadrado dois de três remates, realizado três conduções aproximativas e duas super aproximativas, bem como quatro desarmes, três bloqueios de passe/cruzamento e quatro acções defensivas no meio-campo contrário.
Diogo Gonçalves 6.1 – O extremo foi crescendo no jogo, após ter começado de forma tímida, e terminou com alguns números ofensivos interessantes: cinco remates (segundo valor mais alto, nenhum enquadrado), três passes para finalização, seis ofensivos valiosos e dez acções com bola na área contrária (segundo registo).
Meïté 5.6 – O francês jogou mais recuado, como médio-defensivo, e o ponto alto foi a recuperação de posse que permitiu a João Mário assistir Darwin. Meïté completou duas tentativas de drible, quatro de sete passes longos, somou 78 acções com bola e ganhou os três duelos aéreos em que participou.
Rafa Silva 5.5 – O extremo entrou para a última meia-hora e deu alguma vivacidade ao ataque benfiquista, mas sem influenciar de forma decisiva o desenrolar do jogo.
Gonçalo Ramos 5.3 – O mesmo aconteceu com Ramos, que esforçou-se, mas não conseguiu mais que completar 18 de 19 passes.
Destaques da Belenenses SAD
Luiz Felipe 6.4 – O melhor elemento dos “azuis”. O guardião realizou cinco defesas, quatro a remates na sua grande área, e pouco podia fazer nos tentos sofridos.
Yohan Tavares 5.8 – O central está habituado a ser um dos melhores da sua equipa e voltou a consegui-lo, com registo para um passe falhado apenas em 42 e dez alívios, máximo da partida.
Afonso Sousa 5.6 – O marcador do golo da Belenenses SAD. Afonso terminou com três remates, dois passes para finalização e oito recuperações de posse, máximo a par de Taarabt. A ocasião flagrante falhada prejudica-lhe a nota.
Resumo
// GoalPoint