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Guerra na Ucrânia torna Portugal estratégico para o fornecimento de energia à Europa

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António Cotrim / EPA

A Península Ibérica tem um estatuto especial dentro da Europa devido à menor dependência do gás russo e à maior aposta nas energias renováveis.

Um dos impactos económicos mais evidentes da guerra na Ucrânia é a crise energética causada pela dependência europeia no gás natural russo. Ao contrário da maioria dos países da Europa central, a Península Ibérica consome pouco gás russo devido à maior aposta nas fontes renováveis e na compra de gás natural liquefeito.

Espanha conta com seis terminais de GNL, incluindo a maior da Europa, em Barcelona, e Portugal tem um terminal. Juntos, os dois países Ibéricos representam um terço da capacidade europeia de processar gás natural liquefeito.

Os terminais estão em portos, podendo pegar-se no GNL resfriado das cargas dos barcos e transformá-lo em gás que pode assim ser fornecido directamente às casas e empresas.

“Claramente, esta infraestrutura dá-nos mais flexibilidade e fortalece o nosso sistema de distribuição de gás em comparação com o de outros países europeus que dependem de gasodutos”, afirma Claudio Rodríguez, porta-voz da Enagás, empresa que gere a rede de gás natural espanhola, citado pela Associated Press.

Portugal e Espanha vão ter um papel ainda mais importante no combate à dependência europeia do gás russo agora que foi anunciada a assinatura de um contrato recorde de venda de gás norte-americano à União Europeia, que prevê a entrega de 15 mil milhões de metros cúbicos de gás natural liquefeito este ano.

Os EUA ultrapassaram a Argélia como o principal fornecedor de gás natural para Espanha no início do ano, depois de no ano passado o país africano ter cortado o fornecimento através de um gasoduto que passa por Marrocos devido a um conflito entre as duas nações.

A União Europeia já anunciou também um plano para cortar progressivamente a dependência da energia da Rússia, pretendendo reduzir as compras a Moscovo em dois terços até ao final de 2022 e apostando na compra a outros mercados e na produção interna a partir de fontes renováveis.

Devido as diferenças no fornecimento energético entre a Península Ibérica e o resto da Europa continental, os dois países receberam uma autorização sem precedentes das autoridades europeias para poderem fixar tectos para os preços máximos do gás.

“Conseguimos um acordo importante para a Península Ibérica, que será muito benéfico para portugueses e espanhóis: reconhece-se, finalmente, a excepção ibérica, a singularidade ibérica, no que toca à política energética”, anunciou Pedro Sánchez, primeiro-ministro espanhol.

Já António Costa vincou que os dois países são uma “ilha energética” e que esta medida permitirá “obter uma redução muito significativa do custo da energia, com grandes poupanças para as famílias e grandes poupanças para as empresas”.

Há agora também conversas entre Madrid e Bruxelas para se avançar com a  construção de um gasoduto maior para o transporte de hidrogénio verde através dos Pirenéus, mas mesmo que a ideia avance, demoraria anos até estar pronta.

De acordo com o analista de energia e clima do Instituto Elcano, Gonzalo Escribano, Espanha faz “parte da solução, mas infelizmente, está limitada no que pode fazer“. “Há anos que Espanha está a alertar os outros estados-membros sobre a sua dependência na Rússia”, lembra.

António Costa também já falou na maior importância que o porto de Sines vai ter neste contexto devido às “vantagens competitivas relativamente aos outros portos”, como a “proximidade a muitos dos locais de origem” que podem ser novos mercados para a Europa, o facto de ser “o maior porto de águas profundas da costa atlântica” e também o “preço do custo da operação”.

O porto de Sines tem “outra vantagem fundamental” que é a de “não ter o congestionamento dos portos do norte da Europa – do mar do norte e dos bálticos”, refere ainda Costa, que acredita que este pode servir para se fazer o ‘trashipping’, ou seja a transferência da carga de navios maiores para navios mais pequenos.

Adriana Peixoto, ZAP //

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1 Comment

  1. Alquns de vocês ainda não entenderam que isso tudo isso que a humanidade está passando faz parte da agenda 2030 ou seja tem culpados agora só falta darmos nomes aos bois e muitos deles é de conhecimento de muitos, mas todos sem excessão tem entrar nessa lista também e colocar esse pessoal numa cadeia jogar as chaves fora e deixar eles mofando ali pelo resto da eternidade e que sirvam todos eles de exemplos para outros mal intecionados.

    A terceira guerra mundial já começou a muitos anos, sim desde 2014 e estão acabando com a europa, américa latina e todas as outras nações, na maioria das vezes sem darem um único tiro

    eles apenas distraim as pessoas com uma pseuda guerra um pouco maior que poderia muito bem ter sido liquidado em menos de 3 dias e está sendo arrastado por meses, será que isso não tem nada haver com inverno?

    Eles estão soltando fumaças quimicas nos céus entre seus compostos estão aluminio, grafeno e enxofre em todas as cidades do mundo inteiro, para engraquecer as plantas, toxicar as pessoas e animais

    Em muitas matas verdes estão soltando com ajuda de aviões, fogo em óleo nas nas matas

    Estão usando a tecnologia Harp para abalos cismicos nos oceanos…..

    Dei alguns exemplos, agora não vou fazer todo trabalho de pesquisa sozinho, ai é demais, é só ir juntando os pontos soltos

    Resumindo eles estão fazendo de tudo para matar a maior quantidade de pessoas e animais possível (sim até animais para pesssoas deixarem de comer carne natural, para comer apenas carne sintica ou vegana), eles não precisam de tanta pessoas escravas nesse planeta nessa nova era industrial robotizada, um robo, uma inteligência artificial, uma moeda digital, apenas. vale por varias pessoas ou serviços prestado por elas

    Policial, juíz, motorista, atendente, garçon, cozinheiro….. essas profissões estão com os dias contados, eles precisam apenas de um robo ou uma inteligência artificial para desempenhar essas e grande maioria das profissões

    Robo não fica cansado, é barato, não enche a paciência do chefe, etc, etc, só vantagens, humanos para que?

    E as pessoas que ainda estiverem vivas vão ser facilmente controlados pelo pulso firme do estado.

    Só vejo uma solução, guerra contra todas as maquinas e avanços tecnológicos sem dó nem pidedade, voltar tudo a ser tudo manual, na enxada, no balde, desde da plantação até a colheita… E olha só quem está dando a ideia, sou programador e criador de softwares, que perca de tempo que é o sistema, seria muito mais vantagem estar plantando e colhendo da terra e depender o minimo do minimo do sistema, plantar batata, estocar grãos como milho, estocar água…

    Pode existir outras soluções mais simples ou que se adapte a esses novos cavalos de tróia da modernidade.

    Me veio uma outra ideia organizar as pessoas da comunidade, fazerem as coisas em conjunto, não esperar as coisas piores acontecerem, estar um passo sempre a frente

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