As finais dos campeonatos estaduais brasileiros não começaram da melhor forma para os treinadores portugueses. Flamengo e Palmeiras perderam.
Na final do Carioca, o Flamengo, de Paulo Sousa, perdeu o primeiro jogo por 0-2 frente ao Fluminense.
Os golos do Fluminense foram marcados praticamente de seguida, aos 83 e 85 minutos, pelo argentino Germán Cano.
“Hoje, sem dúvida, estivemos todos muito mal individualmente, tecnicamente e taticamente. E eu sou o primeiro a colocar-me à frente do grupo. As coisas não funcionaram, e o nosso adversário esteve muito melhor no contexto tático que o meu colega Abel [Braga] criou para o jogo”, começou por dizer Paulo Sousa.
“A minha parte de culpa é maior do que a de todos os nossos jogadores. Claro que não sou eu que estou em campo a tomar decisões a nível de controlo, de passe e de drible, de cruzamentos e em decisões com bola ou sem bola, mas com certeza sou eu quem tomo as decisões de quem vai jogar e das substituições. Faria as mesmas decisões por aquilo que vi nos últimos dez dias”, acrescentou.
O Flamengo precisa agora de fazer três golos na segunda mão, algo que o treinador português acredita que seja possível.
“Temos capacidade tática para superar o nosso adversário, mesmo um com vantagem de dois golos. Temos confianças nos processos, no plantel e nos nossos jogadores para podermos superar esse caminho difícil e sermos tetra”, atirou.
Já na final do Paulista, o Palmeiras, de Abel Ferreira, perdeu por 3-1 com o São Paulo.
O São Paulo adiantou-se no marcador já no último suspiro da primeira parte, com Jonathan Calleri a converter uma grande penalidade. Pablo Maia dilatou a vantagem aos 65 minutos e, aos 81′, Calleri bisou na partida.
Com este resultado Abel Ferreira perdeu a invencibilidade de 14 jogos que levava no campeonato Paulista.
O treinador português mostrou-se altamente insatisfeito com a prestação da equipa de arbitragem. Abel visou o lance que originou a grande penalidade no primeiro golo e um alegado penálti por assinalar a favor da sua equipa.
“Gómez sofreu um penálti claro e o VAR estava a comer pipocas. Não viu o claro agarrão. Este Paulista já está inclinado, façam o que quiserem, já está inclinado!”, começou por dizer o treinador do Palmeiras.
“O árbitro, que estava bem colocado e apitou bem o lance. Só que o VAR interveio e de acordo com as regras só o deveria fazer quando é um erro flagrante. E o árbitro não teve coragem para manter a decisão. Foi duro, golpe duro. Não merecíamos, foi um erro que não controlamos. Os árbitros erram como erram os treinadores e os jogadores”, disse Abel, referindo-se ao penálti assinalado contra o ‘verdão’.