Zelenskyy: Ucrânia não é “ingénua. O inimigo ainda está no nosso território”

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Presidente ucraniano Volodimir Zelensky

Zelenskyy sublinha que não “vê razões para confiar nas palavras de representantes de um Estado que continua a destruir a Ucrânia”.

O Presidente ucraniano afirmou, esta terça-feira, que há “sinais positivos” após a última ronda de negociações com a Rússia, mas deixou claro que os ucranianos não são “ingénuos”, segundo o Observador.

O inimigo ainda está no nosso território“, realçou Zelenskyy, acrescentando que não vê razões para confiar nas palavras de certos representantes de um Estado que continua a destruir a Ucrânia”. “Vemos os riscos”.

Num discurso ao país divulgado nas redes sociais, Volodymyr Zelensky mostrou disponibilidade para continuar as negociações.

“Claro que a Ucrânia está disposta a negociar. Até onde podemos ir depende de nós”, reforçou o chefe de Estado, sublinhando as exigências ucranianas.

“Deve haver segurança para nós, para o nosso Estado, para a nossa soberania, para o nosso povo. As tropas russas devem sair dos territórios ocupados. A soberania e integridade territorial devem ser garantidas”, referiu.

“Há princípios claros. Há uma visão clara de um desfecho possível”, assegurou o Presidente ucraniano, que voltou a afirmar num referendo sobre decisões “importantes”, que “não devem ser feitas por uma pessoa ou por um grupo de pessoas”, mas antes “pelo povo prudente da Ucrânia”.

Com uma mensagem dirigida ao Ocidente, o Presidente ucraniano avisou “alguns países”, sem precisar quais, que não devem esperar que as “negociações facilitem o levantamento de sanções contra a Federação Russa”.

“A questão das sanções não deve ser considerada até a guerra terminar, até voltarmos a ter o que é nosso e até restaurar a justiça”, notou.

Para além disso, Volodymyr Zelensky também apelou a que as “sanções sejam intensificadas semanalmente”.

O Presidente ucraniano expressou desconfiança sobre as promessas do Kremlin, relativamente à eventual retirada das tropas russas em Chernihiv e Kiev.

Disseram o mesmo de Chornobaivka“, disse, preferindo elogiar as forças armadas ucranianas pelas suas “ações corajosas e eficazes que forçam o inimigo a recuar”.

“Não devemos deixar de manter a vigilância. A situação não se tornou mais fácil. A escalada dos desafios não diminuiu. As forças armadas russas ainda tem potencial significativo para continuar os ataques contra o nosso Estado”, enfatizou Zelenskyy.

Salientou ainda que a Rússia tem armas e pessoas suficientes para vencer o conflito: “Por isso, mantemo-nos alerta e não vamos reduzir os nossos esforços defensivos”.

O chefe de Estado acusou a Rússia realizar um “ataque hediondo”, ao reagir ao ataque em Mykolaiv, que atingiu um prédio e fez oito vítimas.

Volodymyr Zelenskyy afirmou que este ataque, “quando as pessoas estavam a regressar dos seus locais de trabalho”, fez parte da alegada “desnazificação” da cidade por parte de Moscovo, e ocorreu no dia em que fez 78 anos desde que a cidade “foi libertada dos invasores nazis”.

“Os residentes de Mykolaiv lembram-se. E eles veem que as tropas russas estão a tentar capturar a sua cidade”, conclui o Presidente ucraniano.

ZAP //

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