Faltam cada vez mais professores. Situação vai agravar com a crise dos combustíveis

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O número de professores em falta nas escolas voltou a aumentar e a situação deverá agravar-se ainda mais devido à crise dos combustíveis.

A falta de professores voltou a acentuar-se na semana passada, depois de registado um ligeiro decréscimo nesta carência. No entanto, o problema parece não dar tréguas e a crise de combustíveis não vem ajudar em nada, escreve o Público.

O número de horas letivas a concurso na contratação de escola passou de 5.327 para 5.643. Segundo o dirigente da Federação Nacional de Professores (Fenprof), Vítor Godinho, isto significa que haverá “cerca de 30 mil alunos sem professores a pelo menos uma disciplina”.

Vítor Godinho salienta que, com o 2.º período a aproximar-se do fim, “será muito difícil diminuir” o número de horas letivas a concurso.

Em comunicado, a Fenprof avisou recentemente que as dificuldades sentidas na contratação de professores poderão vir a agravar-se devido aos “brutais aumentos dos preços dos combustíveis”.

As grandes distâncias que muitos professores têm de percorrer entre a casa e a escola em que são colocadas serão uma limitação para muitos docentes.

Aliás, vários professores têm denunciado à Fenprof que se tornou “impossível suportar os custos associados ao exercício da profissão”, propondo até o regresso às aulas à distância. Esta é uma solução que não é apoiada pela Fenprof, que considera que “nada substitui o ensino presencial”.

O aumento dos preços dos combustíveis terão ainda mais peso entre docentes a contrato, sobretudo aqueles que ficaram com horários pequenos a que correspondem vencimentos reduzidos, destaca Vítor Godinho. Haverá já professores que “estão a gastar mais do que ganham em deslocações”, acrescenta.

A maior procura de docentes é nas áreas de Educação Especial e 1.º ciclo, a que se juntam Português, Biologia e Geologia e Matemática.

Lisboa, Setúbal, Faro e Porto são os distritos mais afetados pela falta de professores.

ZAP //

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2 Comments

  1. Acabem com a vergonha dos horários com 8h/9h/10h horas para professores contratados.
    Consideram digno um professor ser colocado com um horário reduzido e auferir um salário inferior ao salário mínimo nacional.
    Qual será o estado moral e motivacional de um professor nestas condições?
    Estarão os pais interessados em ter a educação dos seus educandos ao cuidado de um educador nestas condições miseráveis?
    Que prestigio… considero-as indignas e até ofensivas, mas, sobre esta realidade não há debates.
    Tenham vergonha.

  2. A falta de professores nas escolas e nas reservas de recrutamento estão a esgotar-se…
    É uma verdadeira falácia, não foi assim no ano letivo 2020/2021, como não é no ano letivo de 2021/2022, nem será em anos vindouros. O que continua a existir é um certo caciquismo nas escolas promovido pelas suas direções no sentido de manipular e ultrapassar a verdade dos factos para conseguirem alterar as regras de contratação de professores, são imparciais e estão postas em prática desde há vários anos pelo Ministério da Educação e Ciência e Tecnologia para que a contratação de professores seja efetivamente transparente e que se desenvolva com a maior equidade.
    Estou a escrever este artigo de opinião para transmitir e demonstrar à sociedade portuguesa e aos nossos governantes da perversão que existe no sistema de contratação de Professores, especialmente do ponto de vista ético e deontológico, para evitar de uma vez por todas que os Professores contratados sejam sistematicamente menosprezados e depreciados no exercício da sua profissão, já que são eles que estão a educar as futuras gerações de cidadãos para possuírem determinadas competências enquadradas na tipologia “O Perfil do aluno à saída da escolaridade obrigatória”.
    Assim sendo, para que se entenda o que pretendo apresentar à opinião pública e demonstrar todos os factos, no ano letivo 2020/21 fui colocada à contratação com aceitação na reserva de recrutamento para um horário de 12 horas para fazer uma “pseudo” substituição de uma professora por doença que detinha um horário de 18 horas. A Escola onde fui colocada depois de ter espartilhado o horário e entregues 6 horas da professora em baixa por doença a outra professora que tinha também sido contratada no inicio do ano letivo de 2020/21, com um horário de 12 horas, anual, alterou e perverteu a lógica da imparcialidade das contratações, se não vejamos, pelas regras do Ministério da Educação, esta professora que foi colocada, muito provavelmente, não teria esta colocação nesta escola tendo em consideração o seu número de ordem e o horário disponível, bem como muito provavelmente eu também não seria, considerando os mesmos pressupostos, mas o que de facto importa é a verdade, e nada mais. Mas, como se não bastasse, este ano letivo de 2021/2022 temos o mesmo “drama” pelo segundo ano consecutivo fui colocada na mesma Escola, a mesma professora mete atestado médico no dia 09/10/2021, a escola lança na plataforma de recrutamento de professores o concurso no dia 23/10/2021, e na reserva de recrutamento, sou novamente colocada para a “pseudo” substituição da mesma professora que tinha um horário de 18 Horas. A Escola no dia 1 de setembro de 2021 contratou ao abrigo da reserva de recrutamento uma professora com um horário anual de 13 horas, e quando a professora adoeceu, mais uma vez indo contra as regras da ética e da deontologia, até porque há ainda uma lista imensa de professores do grupodisciplinar no desemprego, atribui-lhe mais 8 horas, deixando apenas para a “pseudo” substituta o que restou (9 horas). Fui contratada para as 9 horas, mas se as regras não tivessem sido pervertidas, até poderia nem ter sido colocada para um horário de 18 horas, se estas horas fossem colocadas a concurso poderia ser colocado um(a) professor(a) com um número de ordem mais baixo.
    Desejo e apelo a todas as entidades de supervisão do Ministério da Educação e outras Instituições que sejam fiéis depositários da verdade para dignificar e corrigir os atos menos transparentes na contratação e colocação de Professores.
    Consideram digno um professor auferir menos que o salário mínimo nacional tendo um horário de 8/9 horas.
    Votos cordiais para todos os professores, em especial, para aqueles que têm sido desprezados como eu.

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