Líder do Chega não tem qualquer relação com o primeiro-ministro e está a ver uma disputa para ver quem é o maior inimigo do seu partido.
Não há mesmo qualquer ligação entre o Chega e o Partido Socialista: “Até há quatro dias nem tinha o número de telemóvel de António Costa, não há qualquer relação. Agora já tenho porque achava indecente um líder parlamentar nem sequer ter o número do seu primeiro-ministro”.
André Ventura apareceu em Beja, nesta quarta-feira, onde foi confrontado com a revelação de Costa, que na terça-feira anunciou que em 2021 o PIB cresceu 4,6 por cento, mesmo antes da divulgação oficial dos números por parte do Instituto Nacional de Estatística (INE) – que deve apresentar o comunicado na segunda-feira, um dia depois das eleições legislativas.
Ventura disse que é “estranho” que o primeiro-ministro tenha relevado estes dados durante a campanha eleitoral: “Quis claramente utilizar números que eram supostamente favoráveis, mas na verdade não são. Porque denotam uma recuperação tardia da economia, não qualquer crescimento“.
O candidato lembrou que Francisco Lima, presidente do INE, foi nomeado pelo Governo de António Costa para este cargo. E já tinha estado, sob este Governo socialista, num comité do Ministério do Trabalho e da Segurança Social.
“É lamentável que este tipo de situações aconteça e isto mostra bem como o polvo socialista está enraizado nas instituições. Temos rapidamente que pôr um travão, um termo, a esta falta de independência das instituições”, reforçou.
André Ventura centrou-se também na lista de inimigos: “De mim, toda a gente quer ser inimigo, do Chega toda a gente quer ser inimigo. Neste momento, temos quase uma disputa para ver quem é o maior inimigo do Chega“.
O líder do Chega recordou Armando Vara, antigo ministro que ficará preso durante dois anos por branqueamento de capitais, e José Sócrates: “A canalha socrática está toda dentro do PS”.
É uma vergonha o que acontece com o Dr Antóinio Costa que usa números a que mais ninguém tem acesso. Isto, demonstra que as instituições estão sob comando do PS.
Há efectivamente um défice democrático. Isto ficou claro nesta campanha eleitoral.
Em política não pode valer tudo.
O programa do PS não trouxe nada de novo para discussão. É mais do mesmo. Assim, não vamos a lado nenhum.