A COVID-19 deverá ser a justificação de muitos eleitores que vão ficar em casa, no domingo. Números de sondagens poderão ser bem diferentes dos números oficiais.
Abstenção elevada em dia de eleições já é uma realidade em Portugal há muitos anos e, por causa da COVID-19, o número de ausentes tende a aumentar.
Há um ano, por exemplo, realizaram-se as eleições presidenciais. Marcelo Rebelo de Sousa venceu num dia em que se registou uma abstenção de quase 61 por cento.
O último acto eleitoral antes do aparecimento do coronavírus foi em Outubro de 2019, precisamente em legislativas, e aí a abstenção foi de mais de 51 por cento.
Um valor que poderá ser superior nestas legislativas, marcadas para 30 de Janeiro, e que poderá originar resultados finais bem diferentes dos números divulgados pelas sondagens das últimas semanas.
Ricardo Ferreira Reis, director do Centro de Estudos e Sondagens de Opinião da Universidade Católica, admitiu à Antena 1 que há preocupação entre os especialistas. Até porque, caso se confirme um contraste, não será cenário inédito.
“Estamos muito preocupados com a forma como a pandemia pode alterar resultados. Temos a percepção de que isso tem acontecido nas eleições realizadas durante a pandemia e isso pode voltar a acontecer. Sobretudo por causa das pessoas que têm receio do vírus e não vão votar, ou por causa das pessoas que chegam ao local de voto, vêem uma fila grande e desistem“, declarou Ricardo Ferreira Reis.
Nesta entrevista à rádio pública, o especialista defendeu a importância das sondagens no discurso dos políticos durante as campanhas eleitorais: “O discurso político é o que a circunstância política determina. Mas são mais do que evidentes os indícios que ligam os discursos às sondagens“.
O exemplo bem recente, citado nesta conversa, foi o da mudança de discurso de António Costa. O candidato do Partido Socialista terá admitido fazer acordos com os outros partidos da Esquerda depois de olhar para os números das sondagens.
O inquérito mais recente indica que o PSD tem uma vantagem muito curta (0,6 por cento) sobre o PS. Um empate técnico entre os dois maiores partidos portugueses.
Coronavírus / Covid-19
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O Presidente da República deveria exigir um governo o mais sólido possível, sem qualquer geringonçada. Um governo de compromisso nacional e não uma experiência igual à anterior , não confiável e que não permite o país avançar para refornas estruturantes. que são urgentes, sob pena de nos afundar-nos na cauda da Europa.
A verdade é que estamos a ser presididos por um presidente que teve 23,9% e por um governo que teve 17,7% dos votos dos eleitores inscritos. Dá que pensar sobre o nosso sistema democrático.
Dá… é tudo uma cambada de preguiçosos. Se votassem em branco já teria outra leitura. Assim, podem ser apenas preguiçosos. E nunca me vai conseguir convencer cabalmente do contrário. Nunca terá provas do que pretende insinuar. Agora se tivessem ido votar em branco, aí não haveria qualquer dúvida: NÃO GOSTARAM DE NENHUMA SOLUÇÃO.
A abstenção vai bater recordes porque o regime está falido, já ninguém suporta estes gajos!